Processo de impeachment é legítimo, avalia Reinaldo

Pedido foi acatado pela Câmara dos Deputados

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O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), avalia como legítima a abertura do pedido de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT), feito na tarde desta quarta-feira pelo dirigente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Embora tenha se mantido longe das questões políticas nacionais desde que tomou posse, agora o tucano ressalta ser a pior crise vivida pelo Brasil desde a década de 1930.

Em agenda pública na manhã desta quinta-feira (3), ele comentou o assunto. “Acho a abertura legítima porque, como o próprio Cunha disse, nunca houve governo com tantos pedidos de impeachment. Mas também haverá direito de ampla defesa e contraditório e o Congresso vai ter a chance de fazer as investigações e concluir a votação como foi no caso do Collor”, disse referindo-se ao processo feito para saída do então presidente da República Fernando Collor de Melo em setembro de 1992.

Para ele a economia já está gravemente abalada, mesmo sem a solicitação, ainda mais com corte de R$ 10 bilhões anunciado na semana passada. “A economia já está combalida, quando governo corta (repasses) quem sofre são os estados. Recente houve anúncio de corte de R$ 10 bilhões, a gente deixa de investir em saúde, educação, segurança, áreas essenciais. Nunca crise houve uma tão grande desde 1929, 1930”.

No entanto, o governador não quis arriscar palpite sobre a real queda de Dilma. “Foi aberto agora, mas vai se estender por muito tempo, então é prematuro fazer essa avaliação. Será um longo percurso”, concluiu. Haviam sete pedidos na Câmara dos Deputados, cunha deu andamento à solicitação feita pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

“Quanto ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em descumprimento com a lei. Consequentemente, mesmo a votação do PLN 5 não supre a irregularidade”, disse em entrevista coletiva de imprensa ontem à tarde.

Bicudo é um dos fundadores do PT e deixou o partido por discordar dos rumos que a legenda tomou. A decisão ocorreu na mesma tarde em que a bancada petista se manifestou favorável ao pedido de investigação contra o presidente da Câmara, que enfrenta várias denúncias de irregularidades. Dilma se pronunciou duas horas depois do anúncio.

Bastante séria e ao lado de 11 ministros, ela disse não haver consistência no pedido e acredita no arquivamento do mesmo. Sem citar o presidente da Câmara diretamente, a petista fez provocações alegando não ter contas no exterior, como é o caso do parlamentar também na mira de investigação por manter dinheiro fora do País.

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