Jovem denuncia agressão depois de ofender guardas municipais no Facebook

Ele alegou ter sido agredido por vários servidores no domingo (31)

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Vendedor disse ter sido forçado a gravar vídeo pedindo desculpas - Foto: Divulgação

O vendedor Thiago Pereira dos Santos, de 24 anos, denunciou ter sido agredido por vários guardas municipais depois de publicar ofensas contra os servidores em página do Facebook.

Segundo ele, as agressões aconteceram, no domingo (31), em sala da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga. A Secretaria Municipal de Segurança Publica está a par da situação que será investigada.

Thiago contou que publicou insultos contra os guardas em página de venda de  veículos. Dentre as várias provocações, ele chama os agentes de ladrões e incita violência contra os servidores “o negócio é dar tapa na cara de guarda”.

Pouco tempo depois de ter publicado as ofensas, ele relata que começou a receber mensagens de alguns funcionários pedindo que apagasse a postagem. “Como eles foram educados, apaguei e pedi desculpas”, disse.

Ainda conforme o relato, no outro dia, dois homens chegaram até a casa de Thiago e se apresentaram como oficiais de Justiça. Eles não estavam uniformizados, mas ordenaram que o rapaz os acompanhasse. “Falei que só sairia de casa com a Polícia Militar”.

Quando o vendedor abriu o portão, disse ter sido algemado e colocado na viatura da Guarda, onde foi atingido por vários choques de arma teaser. “Tinha uns 15 guardas”, afirma.

Thiago foi levado para a delegacia, onde alega ter sido novamente agredido e obrigado a gravar vídeo se retratando. “Eles falaram que iam fazer da minha vida um inferno e que se me encontrarem na rua vão bater”.

O vendedor disse ter procurado a Corregedoria da Guarda Municipal e também a da Polícia Civil porque, segundo ele, enquanto estava na delegacia, não teve autorização para falar com o delegado de plantão.

OUTRA VERSÃO

Os guardas registraram boletim de ocorrência por desacato, relatando que foram até o casa do rapaz e o chamaram para prestar esclarecimentos na delegacia. Eles alegam que foram recebidos com deboche e ainda ouviram: “Vocês não são da polícia, daqui não me tiram”. Então, eles deram ordem de prisão ao rapaz , o algemaram e levaram para delegacia.

Os servidores também atentaram para o fato de ter foto de arma na página pessoal do rapaz, mas não há nenhuma denúncia em relação a isto.

INVESTIGAÇÃO

Secretário municipal de Segurança Pública, major Luidson Noleto disse que o comandante da Guarda Municipal tomou conhecimento sobre o fato e vai recolher provas e testemunhos para encaminhar à corregedoria que abrirá sindicância.

“Uma vez instaurada a sindicância, a corregedoria tem 30 dias para dar o parecer, mas este prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias”, explicou o secretário.

Segundo Noleto, caso fique comprovado que os guardas agiram de maneira irregular, a punição varia de simples advertência ou suspensão até a instauração de Processo Administrativo Disciplinar em que os envolvidos podem ser exonerados.

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