
Apocalipse, no capítulo 20, o assunto é tratado em detalhe. Um reino milenar de Jesus com os que viveram e os que não receberam a marca da besta em suas testas nem em suas mãos. Logo depois deste evento, acontecerá a Grande Tribulação. Jesus chegará com Seus exércitos para derrotar o Anticristo e instituir um Reino de Justiça por mil anos no planeta Terra. O fim do milénio será marcado pela libertação de Satanás, que irá então, depois do milênio, ter ainda mais uma oportunidade para enganar as nações para se revoltarem contra Deus, mas tanto ele como os revoltosos serão derrotados.
O milênio é uma etapa inicial do reino eterno, e ao fim dela haverá uma triagem final em que os infiéis, sucumbindo à tentação, serão definitivamente expulsos da luz. O apocalipse informa que os justos de todas as eras serão ressuscitados e reinarão com o Messias durante o milênio, sendo esta a primeira ressurreição. A primeira ressurreição se iniciou com Jesus “as primícias”, depois ressuscitarão todos os justos de todos os tempos, incluindo os que foram mortos durante a tribulação, e ainda os sobreviventes a esta época, que serão transformados. Em algumas passagens do Velho Testamento, nos livros proféticos como Isaías, são apresentados dados vislumbres do futuro. No milênio os animais estarão isentos de agressividade, quando as crianças brincarão com serpentes venenosas sem lhes causarem danos. A vida será normal, existindo nascimentos, envelhecimento e a possibilidade de morrer mediante algumas circunstâncias, pelo que só por aqui o período será de transição entre o carnal e o espiritual e, apesar de Jesus ser o governante fiel e justo, o livre arbítrio ainda vai existir.
Após a ressurreição de Jesus, e se apresentando aos discípulos, eles ficaram surpresos, acreditando que viam um espírito, mas Ele lhes disse: “Por que estais perturbados, e por que sobem dúvidas ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que Sou Eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho.” Jesus já ressuscitado se alimentou; “Então, eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que Ele tomou, e comeu diante deles.” Também no Velho Testamento Isaías informa que “não haverá mais nela criança para viver poucos dias nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar, só aos cem anos será amaldiçoado”. Isto prova que não haverá mortalidade infantil: todos chegarão até certa idade; haverá quem morra “ainda jovem”, mas no mínimo com 100 anos.
Deduzimos, portanto, que a morte no milênio é destinada aos injustos que ainda assim tiveram uma chance de se redimirem após a grande tribulação. Os verdadeiramente justos viverão até o fim. João, em sua revelação, tem a sua vista dirigida apenas aos que viverão e morrerão durante o período da tribulação, mas harmonizando esta passagem com outras da Bíblia Cristã que tratam do reino de Jesus sobre a Terra, nota-se que Ele reinará com todos os Seus santos: os do Velho Testamento, os da nova aliança e os que vieram da tribulação. Todos estarão em seus corpos novos gloriosos da ressurreição, como o de Jesus de Nazaré.
A sede do governo mundial será o novo Templo que o próprio Jesus construirá em Jerusalém. Todo o território em que Jerusalém se encontra atualmente será elevado para formar uma grande montanha, que virá a ser a mais alta no mundo. A cidade e o Templo serão reconstruídos sobre um vasto planalto de uns 2.500 km² no cume da montanha, e todos os sobreviventes do povo de Israel serão reunidos para viver em sua própria Terra. Haverá sacerdotes e levitas servindo no novo Templo, com rituais simbólicos e serão celebradas festas incluindo a páscoa.
Um rio fluirá de debaixo do Templo em direção ao sul, dividindo-se em dois braços: um em direção ao ocidente para o mar Mediterrâneo, o outro para o oriente para dentro do mar Morto, que reviverá ao ponto de abundarem peixes nele. Todas as nações mandarão os seus representantes a Jerusalém anualmente, para adorar o Senhor dos senhores, e serão promulgadas leis em Jerusalém para todas as nações. O Sermão da Montanha dá uma amostra como será isto. Haverá mais luz natural, pois a luz da lua será mais forte do que a luz atual do sol, e a luz do sol aumentará sete vezes. Os desertos florescerão como a rosa, e haverá grandes estradas cobrindo a Terra. Haverá paz, prosperidade e justiça para todos, e a população em seus corpos naturais se reproduzirá e crescerá normalmente. Somente morrerão os injustos e unicamente após terem atingido os cem anos, portanto haverá muitos multicentenários e mesmo milenários ao terminar o milênio. Não haverá mais corrupção e será um período de grande bênção para os habitantes do Planeta.
Conclusão – O período de plena paz terá duração de mil anos e a Nova Terra será semelhante ao que foi o jardim do Éden no princípio e as pessoas terão corpos idênticos aos de Adão e Eva antes do erro cometido. A análise das escrituras permitem concluir sobre a grande maravilha que será a Terra nesse tempo, apesar de tudo isto durar apenas mil anos. A história não vai acabar aqui, pois depois desses mil anos, novos eventos acontecerão, quando os eleitos ganharão a Vida Eterna, após o conflito final.