Aijá,um profeta de Deus disse, de antemão, o que iria acontecer. Jeroboão era um homem a quem Salomão encarregou de algumas construções. Quando Aijá se encontrou com ele na estrada, fez uma coisa estranha. Tirou o manto novo que vestia e o rasgou em doze pedaços. Disse a Jeroboão: ‘Tome dez pedaços para ti.’ Aijá explicou que Deus ia tirar o reino de Salomão, e entregaria as dez tribos a Jeroboão. Isso significava que apenas duas tribos ficariam para Roboão, filho de Salomão, governar.
Quando Salomão soube o que Aijá disse a Jeroboão, ficou zangado. Procurou matar Jeroboão. Mas este fugiu para o Egito. Após um tempo, Salomão morreu. Ele havia sido rei por 40 anos, e então seu filho Roboão se tornou rei. No Egito, Jeroboão soube da morte de Salomão e por isso voltou a Israel. Roboão não era um bom rei. Era ainda mais ruim com o povo do que seu pai Salomão. Jeroboão e outros homens importantes foram pedir ao rei Roboão que tratasse o povo melhor. Mas Roboão não quis escutar. Em vez disso, ficou sendo ainda mais duro. Por isso, o povo fez Jeroboão rei sobre dez tribos, mas duas tribos, Benjamim e Judá, continuaram tendo Roboão como rei. Nasciam, então, o reino do norte e o reino do sul.
Jeroboão não quis que o povo fosse a Jerusalém para adorar no Templo de Deus. Assim, fez dois bezerros de ouro e fez com que o povo do reino de dez tribos os adorasse. Logo, o país ficou cheio de crimes e violência. Também houve dificuldades no reino de duas tribos. Em menos de cinco anos, após Roboão se tornar rei, o rei do Egito foi lutar contra Jerusalém. Ele tirou muitos tesouros do Templo Sagrado. Por isso, foi apenas por pouco tempo que o Templo ficou assim como foi construído.
Com a morte de Salomão em cerca de 930 a.C., seu filho Roboão foi reconhecido como novo rei em Judá, mas foi rejeitado pelos anciãos das tribos do norte no Concílio de Siquém por causa das medidas repressivas de seu pai. Roboão que tinha vivido no exílio no Egito, recusou deixar por completo semelhantes medidas. As tribos do norte elegeram Jeroboão como líder. Assim, dois reinos emergiram: Israel, no norte e, Judá, no sul. Ficaram divididos ao longo da fronteira tradicional, entre Efraim e Benjamim.
É sempre bom recordar que Saul, Davi e Salomão tinham reinado sobre todo o Israel durante 40 anos cada um deles, de forma que, pelo menos durante 120 anos eles governaram o povo israelita, sendo um reino unido. Esse governo durou de 1050 a 930 a.C. O novo reino do norte de Israel, com Jeroboão, seu primeiro rei, teve como capital a cidade de Siquém, passando a ser Samaria mais tarde. O reino do sul de Judá, com Roboão, seu primeiro rei, teve Jerusalém como capital.
Israel teve várias mudanças de dinastia e durou apenas uns 200 anos, até a destruição de Samaria no ano 722 a.C. Judá foi mais estável, retendo a dinastia de Davi, ao longo de sua história mais longa, cerca de 350 anos, até que Jerusalém também foi destruída no ano 586 a.C. O escritor Esdras deu a sua versão, enfatizando a importância do reino do sul, a dinastia davídica e o Culto no Templo Sagrado.