Os gastos da Prefeitura de Campo Grande com pacientes oriundos do interior do Estado chegam a R$ 520 mil por mês, conforme informação divulgada nesta quinta-feira (15), pelo secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca.
Por esse motivo, o Executivo Municipal quer parceria com o Governo do Estado para que as informações do Complexo Regulador sejam repassadas, em tempo real, para todas as cidades e que a saúde seja reestruturada em todos os municípios para evitar transferências.
Em entrevista ao Portal Correio do Estado, Ivandro disse que o orçamento aprovado na Câmara é para atendimento de 800 mil pessoas e não de 2,5 milhões.
“Estamos pedindo apoio ao Governo do Estado para reestruturar no interior. Inúmeros pacientes migram do interior do Estado por não possuir infraestrutura adequada para atendimento”, declarou o secretário.
VAGA ZERO
O que ocorre na prática é que muitos municípios enviam o paciente para Campo Grande por meio do mecanismo “vaga zero” em que o hospital não pode se recusar a atender pacientes de urgência e emergência, independente do número de leitos.
O problema é que nem todos os pacientes transferidos para Capital necessitam realmente de atendimento especializado.
Essa medida deveria ser excepcional, mas é usada com frequência, causando superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital, por exemplo.
Para o diretor da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião Júnior a fiscalização do Complexo Regulador, que é de responsabilidade do Estado, deveria ser mais rigorosa para evitar esse tipo de problema.
“Tem vindo do interior pacientes que poderiam ter sido tratados no interior e acabam causando esse transtorno”, lamentou.