O presidente da Câmara de Centros Comerciais do Paraguai, em entrevista à rádio Ñanduti, afirmou que “não é possível nem prudente sequer pensar em voltar a uma quarentena extrema, mas estamos conscientes de que são necessárias mais medidas de prevenção e controle do cumprimento aos protocolos”, noticia o jornal Hoy.
Ao La Nación, o vice-ministro de Saúde Pública, Julio Borba, que inicialmente havia cogitado a possibilidade de retorno à fase zero, disse nesta terça-feira que, “categoricamente”, isso não vai acontecer. Agora, “é totalmente impensável”, reforçou.
O vice-ministro disse que a maior preocupação da Saúde, no Paraguai, é o aumento de contágios na capital e no departamento Central, regiões mais populosas do país.
“O que não queremos é que o vírus viaje ao interior. O vírus não vai de ônibus nem tem pernas, quem o transmite é o ser humano”, disse. Por isso, a recomendação é que as pessoas não viajem ao interior para as festas de Natal e Ano Novo.
LEI DAS MÁSCARAS
A Câmara de Deputados do Paraguai aprovou na terça-feira, 15, em sessão extraordinária, o projeto de lei que torna obrigatório o uso de máscaras de proteção. A nova lei, que prevê sanções em caso de descumprimento, irá agora tramitar no Senado.
Sobre a possibilidade de o governo aplicar uma medida extrema, como o retorno à fase zero, o ministro considerou que é uma opção, de fato, mas seria “um recurso excepcional, que será fatal para a economia”.
Ele analisou: “Para que queremos gente saudável e pobre? O que queremos é gente saudável e próspera, e a prosperidade só se consegue com o trabalho, de modo que devemos valorizar nossa saúde cumprindo as normas sanitárias”.
FALTA PULSO FIRME
O presidente da Câmara de Centros Comerciais do Paraguai, Jorge Mendelzon, reconhece a preocupação do Ministério de Saúde Pública ante a saturação que enfrentam os hospitais, o que deveria também preocupar “todos os paraguaios”, como noticiou o jornal Hoy.
“É preciso buscar um equilíbrio entre saúde e economia, para podermos sair bem desta pandemia”, disse, afirmando com isso que se deve buscar outra alternativa que não seja a volta à quarentena. “A economia não tem condições de suportar impactos maiores aos que está aguentando”, completou.
Para o empresário, o que falta é adotar pulso firme contra aqueles que desrespeitam os protocolos sanitários, para que não seja preciso tomar “este tipo de decisões dolorosas”.