Quem não gostaria de comer como Jesus? Nós procuramos seguir Jesus em todas as esferas de nossa vida. Então, por que não em nossos hábitos alimentares? Jesus cuidava da saúde das pessoas. Certamente seus muitos milagres de cura testemunham esse fato. Ele desejava que as pessoas fossem íntegras, e isso incluía o aspecto físico, assim como o mental e o espiritual. Mas será que Jesus ensinou alguma coisa sobre nutrição ou sobre como devemos comer? Há centenas de exemplos na Bíblia de práticas relacionadas à alimentação saudável.
Até mesmo leitores casuais da Bíblia Cristã sabem de muitas histórias que se referem a alimentos ou em que os alimentos têm um papel de destaque. Jesus ensinou princípios espirituais fundamentais usando uma variedade de analogias com o que comemos. Ele também participava de festas bíblicas e refeições comemorativas. Na Última Ceia, instituiu um ritual em que os alimentos são a mais sagrada recordação da sua morte.
A medicina e a ciência confirmam isso. Se comermos como Jesus comia, seremos mais saudáveis. Ele é nosso exemplo com relação a bons hábitos alimentares e disciplina, para que vivamos uma vida mais sadia e equilibrada. Alguém deve dizer: “os tempos mudaram desde que Jesus viveu neste mundo há dois mil anos. A tecnologia progrediu. Temos muitos alimentos novos que Jesus desconhecia. Nossos padrões alimentares são muito diferentes hoje.” Sim, e não. Os tempos mudaram e nossos padrões alimentares são diferentes, mas isso não é necessariamente positivo. Hoje em dia, comemos gordura demais. Bife na manteiga, ovo frito, batatas fritas, cebola e outros vegetais fritos. Acrescente-se a isso biscoitos com alto teor de gordura cobertos com manteiga, e purê de batatas preparado com leite gordo. Muita gente acha que uma refeição não é adequada ou completa sem alguma coisa doce no final.
Nossa alimentação atual segue padrões muito diferentes dos de Jesus, fazendo-nos contemplar muito rápido o declínio de nossa saúde. Em 1901, os Estados Unidos eram considerados a nação mais saudável do mundo, entre cem nações estudadas. Por volta de 1920, o país caiu para o segundo lugar. Em 1950, estava em terceiro. Chegando a 1970, estava em quadragésimo primeiro lugar. E, em 1981, desceu para o nonagésimo quinto! Como pode uma nação descer do quadragésimo primeiro lugar na área da boa saúde para o nonagésimo quinto em apenas onze anos? E de primeiro para nonagésimo quinto em exatamente um século? A resposta pode ser resumida em duas palavras: fast-food. A cultura americana do fast-food se expandiu por todo o mundo, chegando ao nosso país na década de 50 e se consolidando definitivamente na década de 70.
Infelizmente, verificamos que a saudável combinação bem brasileira de arroz e feijão tem sido cada vez mais substituída pelos hambúrgueres e batatas fritas, o que não é muito bom para a saúde das pessoas. O motivo pelo qual a popularidade da fast-food cresceu de modo tão impressionante é simples: nosso ritmo de vida a torna quase obrigatória. As pessoas acham que estão muito ocupadas para preparar refeições tradicionais e vêem a fast-food como uma alternativa para poupar tempo.
Além disso, há sempre um restaurante de fast-food a menos de um quilômetro das nossas casas. O resultado final é que a nutrição saudável é sacrificada à facilidade, ao custo e à acessibilidade. A fast-food é planejada para atrair quatro sentidos: visão, olfato, sabor e tato ou textura. Uma das maneiras mais simples de adicionar sabor e textura a um alimento é adicionar gordura. Comer uma dieta rica em sal, baixa em fibra, rica em gordura e em açúcar e praticamente isenta de nutrientes não é seguir a dieta de Jesus.
Há um relato científico surpreendente de quase sete décadas atrás que ainda é válido. O Dr. Weston A. Price, dentista, estudou povos primitivos que viviam isolados da civilização ocidental, inclusive comunidades na Suíça e na Escócia em vilarejos e aldeias afastadas do centro da sociedade de suas nações. Esses grupos isolados preservavam seus alimentos com métodos de secagem, processos que conservam em grande parte o valor nutritivo do alimento. Depois de analisar as dietas desses grupos isolados, o Dr. Price comparou-as com a dieta americana atual. Repare que ele realizou essa pesquisa nas décadas de 1930 e 1940, quando o valor nutricional da dieta americana era muito mais alto do que é hoje.
Ele descobriu que, quando a civilização ocidental alcançou essas áreas remotas e a dieta passou a incluir alimentos processados e açucarados, o número de cáries aumentou rapidamente. Não só a perda de dentes se acentuava, como as doenças em geral começaram a aumentar. Crianças nascidas de pais que haviam consumido alimentos processados tinham maior incidência de deformações de face e mandíbula. Um alto percentual de anomalias congênitas começou a ocorrer, e doenças agudas e crônicas foram registradas em números crescentes.
Os hábitos alimentares que formavam a base da dieta de Jesus, incluíam. alimentos integrais, alimentos frescos, água pura e alimentos sem pesticidas, fungicidas ou qualquer outro tipo de aditivos, alimentos que não tenham sido misturados com açúcar ou impregnados com gordura, sal, aditivos ou conservantes químicos