quinta-feira,
05/12/2024
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    ELES VIVEM

    Ante os que partiram, precedendo-te

    na Grande Mudança, não permitas que
    o desespero te ensombre o coração.
    Eles não morreram. Estão vivos.

    Compartilham-te as aflições, quando
    te lastimas sem consolo. Inquietam-se
    com sua rendição aos desafios da angústia
    quando te afastas da confiança em Deus.
    Eles sabem igualmente quanto dói a separação.

    Conhecem o pranto da despedida e te recordam
    as mãos trementes no adeus, conservando na
    acústica do espírito as palavras que pronunciaste,
    quando não mais conseguiram responder as interpelações

    que articulaste no auge da amargura.

    Não admitas estejam eles indiferentes
    ao teu caminho ou à tua dor.

    Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo
    e à existência terrestre sem eles e quase sempre
    se transformam em cirineus de ternura incessante,
    amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te
    as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeita
    a memória perguntando porque.

    Pensa neles com a saudade convertida em oração.

    As tuas preces de amor representam acordes de
    esperança e devotamento, despertando-os para visões
    mais altas na vida.

    Quando puderes, realiza por eles as tarefas
    em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo

    por infatigáveis zeladores de teus dias.

    Se muitos deles são teu refúgio e inspiração
    nas atividades a que te prendes, no mundo, para
    muitos outros deles és o apoio e o incentivo para
    a elevação que se lhes faz necessária.

    Quando te disponhas a buscar os entes queridos
    domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra
    que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência
    no plano material…

    Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos
    falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles
    no próprio coração, a dizer-te que não caminharam
    na direção da noite, mas sim ao encontro
    de Novo Despertar.

    *Pelo espírito: Emmanuel.
    *Médium: Francisco Cândido Xavier.

     

     

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