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05/11/2024
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    CARLOS GOMES – ÓPERA ‘O GUARANI”

    No dia 11 de julho completaram-se 188 anos do nascimento de Antônio Carlos Gomes. Antônio Carlos Gomes foi um importante compositor e maestro brasileiro do século XIX. Suas obras musicais são reconhecidas até os dias de hoje. Entre as principais, destacam-se “O Guarani” e “O Escravo”. É considerado o principal compositor de ópera da história da música clássica brasileira. Fez parte do período conhecido como Era Romântica da história da música.

    Carlos Gomes nasceu na cidade de Campinas (SP) em 11 de julho de 1836. Já na adolescência, demonstrou grandes qualidades musicais ao compor valsas, polcas e quadrilhas. Aos 22 anos, Carlos Gomes apresentou vários concertos com seu pai, Manuel José Gomes, conhecido como “Maneco”. Nessa época da vida, atuou também como professor de piano e canto. Em setembro de 1861, foi apresentada sua primeira grande ópera, “A Noite do Castelo”. O sucesso se repetiu em 1863, quando sua segunda grande ópera foi apresentada: “Joana de Flandres”.

    Em 1863, foi morar na Itália, obtendo grande reconhecimento do público e da crítica musical. Em março de 1870, estreou em solo italiano sua grande ópera “O Guarani”. Ela fez muito sucesso, sendo apresentada na América do Norte e na Europa. Em 1870, conheceu a pianista italiana Adelina Peri, com quem se casou.

    Carlos Gomes, mesmo em crítica situação financeira, recusou-se a compor o Hino da República, pelo qual lhe ofereceriam 20 contos de réis, em ouro, a fim de que, com isso, não se mostrasse ingrato, ajudando a celebrar e consolidar o regime político, instaurado às expensas do destronamento de seu benfeitor, Dom Pedro II. Gratidão, afinal, não é um sentimento que se pode cobrar de alguém como se fosse uma nota promissória ou um cheque, mas deixar de testemunhá-la é tornar-se insolvente perante a moral e indigno diante de si mesmo.

    Carlos Gomes, seguramente o maior gênio musical das Américas, se encantou na cidade de Belém, PA, em 16 de setembro de 1896, sendo ali embalsamado. O corpo foi velado por três dias na Igreja do Carmo, em Santos, SP, antes de seguir para Campinas, sua terra natal, onde foi sepultado. No dia 2 de julho de 1905, seus despojos foram retirados do cemitério e depositados em uma urna colocada dentro de um monumento-túmulo, na Praça Bento Quirino, centro de Campinas.

    (Marcelo Henrique/José Mauro Saar, com adaptação do jornalista Jairo de Lima Alves)

     

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