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16/02/2025
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    China condena político emergente à prisão perpétua por corrupção

    Considerado político emergente do Partido Comunista da China (PCC)Sun Zhengcai foi condenado à prisão perpétua por suborno e se tornou a vítima mais recente de uma campanha de combate à corrupção iniciada pelo presidente Xi Jinping.

    Sun Zhengcai foi declarado culpado de aceitar 170 milhões de iuanes (26,7 milhões de dólares) em propinas, informou o Primeiro Tribunal Popular Intermediário de Tianjin em seu site. A sentença também determina o confisco total dos bens de Sun Zhengcai e a restituição dos ganhos ilegais.

    Antes de cair em desgraça, Sun Zhengcai, 54 anos, era o membro mais jovem do comitê político do PCC e considerado um possível candidato ao Comitê Centralpermanente do partido, que concentra o poder na China e é integrado por sete membros. Para muitos, Sun se perfilava como sucessor do presidente Xi Jinping.

    Sun foi o primeiro membro do Comitê Político a ser objeto de uma investigação por corrupção nos últimos cinco anos, desde a caída em desgraça de Bo Xilai, na época um potencial adversário de Xi Jinping. Bo Xilai foi condenado em 2013 também à prisão perpétua.

    Sun Zhengcai ocupava precisamente a mesma posição de Bo Xilai: a chefia do PCC em Chongquing, a quarta maior cidade da China e uma importante metrópole industrial do sudoeste. Sua nomeação para o cargo tinha como objetivo apagar a influência de Bo Xilai.

    No ano passado, supervisores do partido responsáveis pela disciplina criticaram Sun por não ter cumprido sua missão. Sua queda aconteceu poucos meses depois.

    Durante o julgamento, em 12 de abril, Sun se declarou culpado e disse estar “arrependido”. Segundo a acusação, Sun aceitou dinheiro e presentes, ao longo de sua carreira, em troca de ajuda para o acesso a cargos públicos e contratos.

    O tribunal destacou que a pena foi “indulgente” diante da disposição do réu de colaborar com a investigação.

    Segundo a sentença, as ações de Sun Zhengcai “prejudicaram gravemente o funcionamento normal das organizações nacionais e a integridade da conduta de funcionários públicos”.

    A cruzada contra a corrupção iniciada por Xi em 2012 provocou a demissão de 1,5 milhão de altos funcionários públicos, segundo número oficiais. Mas há suspeitas de que Xi utiliza esta cruzada para neutralizar seus adversários.

    A Assembleia Nacional do Povo ampliou essa campanha recentemente ao criar uma comissão de supervisão nacional.

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