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16/01/2025
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    José do Egito – de Escravo a Governador

    Deus não evitou que José fosse lançado numa cova por seus irmãos, não evitou que fosse vendido como escravo ao Egito, não evitou que fosse lançado injustamente na prisão e nem que fosse esquecido lá por anos, mesmo depois de interpretar os sonhos do copeiro a quem pediu que se lembrasse dele quando estivesse novamente na presença de Faraó. Mas então será que Deus não estava com José e que havia se esquecido dele? Deus era com José durante todo o tempo.

    José era o filho preferido de Jacó, pois foi o primeiro filho que teve na velhice, com Raquel, a mulher a quem ele tanto amou e por quem trabalhou anos como se fossem alguns dias. José era o filho querido, mimado, a quem Jacó deu uma túnica colorida, que entre outras coisas, significava autoridade. Por esse motivo era invejado por seus irmãos. Deus dava sonhos a José, que na verdade, eram revelações. Por duas vezes, ele sonhou e cometeu o grave erro de contar aos seus irmãos e ao seu pai. “Ouvi, peço-vos, este sonho: “Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho.” – “Eis que tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.” 

    O que José sonhava ele contava, não guardava pra si. Essa é uma das características que vemos mudar em José ao longo da jornada. Depois, quando já era governador do Egito e reencontra seus irmãos, aquele José impulsivo, que falava o que pensava, o que sonhava, já não existia mais. Prova disso é que ele não se revela imediatamente aos irmãos. Consegue ter a frieza e a estratégia necessária para agir naquele momento. Vemos um José mais racional, estrategista. Humano sim, pois ao se revelar aos irmãos não consegue conter as lágrimas, mas agora um homem maduro e preparado por Deus, enquanto escravo para ser governador. 

    O texto sagrado informa: “E Deus estava com José, e foi homem próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. Vendo, pois, o seu senhor que o Senhor dos Céus estava com ele, e tudo o que fazia, prosperava em sua mão, José achou graça em seus olhos, e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, Deus abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.” 

    O rapaz da túnica colorida, que se tornou escravo e que agora se encontrava preso por ter se negado a deitar com a mulher de Potifar, o inocente na prisão. Num dia que tinha tudo para ser como qualquer outro, José é chamado para interpretar o sonho de Faraó e partir daquele momento sua vida mudou novamente, era o dia marcado por Deus para iniciar uma nova história na vida daquele homem, vestes  trocadas, nova aparência e também um novo homem. José saiu de uma cova na prisão para governar o Egito.

    José teve dois filhos com Azenate (filha de um sacerdote do Egito, a quem Faraó lhe deu por esposa), o nome do primeiro filho era Manassés. José deu esse nome porque disse: “Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai”. O nome de seu segundo filho é Efraim, porque disse: “Deus me fez crescer na terra da minha aflição.”

    José do Egito havia perdoado seus irmãos, por isso chorou ao se revelar a eles, se alegrou e entendeu o propósito de Deus. Quem perdoa, esquece todo o passado sombrio, não sente mais ódio no coração e passa a viver uma nova vida de paz e muito amor.

     

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