“Orientamos que quem estiver com febre ou tiver tido covid-19 nos últimos 14 dias não compareça à seção eleitoral para votar”. Em tempos de pandemia, a saúde pública acaba sendo uma preocupação extra nos períodos eleitorais, gerando frases como essa, do presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), João Maria Lós.
Após uma eleição municipal em 2016 com 19,68% de abstenção dos eleitores em todo o Mato Grosso do Sul e 19,20% em Campo Grande, a Justiça Eleitoral local não descarta a possibilidade de aumento dos índices neste ano devido a pandemia.
Sabemos que a saúde é o bem mais valioso que possuímos”, frisa Lós. “Isso que cito possivelmente contribuirá para aumentar os índices de abstenção, o que é perfeitamente compreensível em uma conjuntura de pandemia”, completa.
Mas apesar de toda essa preocupação, o desembargador garante que todas providências foram tomadas para evitar contágios durante a votação. “A Justiça Eleitoral vem adotando todas as medidas possíveis para garantir a segurança dos eleitores, mesários, fiscais partidários, candidatos e demais envolvidos no processo de votação”.
Como já exposto, não existe previsão de aumento da abstenção em 2020, contudo, a possibilidade revelada pelo presidente do TRE mostra que, caso ela ocorra, não será algo que pegará os organizadores do pleito eleitoral deste ano de surpresa.
Pesquisa – Pesquisa realizada pelo Ibrape (Instituto Brasileiro de Pesquisas de Opinião Pública) apontou que mais da metade dos eleitores não demonstravam interesse pelo pleito, enquanto considerável parcela não votaria por causa da covid-19.
Conforme os dados, 584 eleitores foram entrevistados em Campo Grande e, ao serem questionados se deixariam de votar por medo de serem contaminados pelo coronavírus, 25% deles responderam que sim, deixariam de votar. (Campo Grande News)