Raquel era uma linda jovem, muito parecida com uma beduína, e apascentava os rebanhos de Labão, seu pai. Recapitulando a história dessa personagem dos tempos do Velha aliança: Por sugestão da esposa Rebeca, o patriarca Isaque enviou o filho Jacó para Hará, onde encontraria uma mulher ideal para casar-se, e ao mesmo tempo, estaria evitando maior conflito em casa, com a primogenitura adquirida do irmão Esaú, que estava irado. Com essa atitude, a ira do irmão seria aplacada. E foi Jacó para a Terra de Hará, enfrentando muitos desafios pelo caminho mas na direção de Deus.
Chegando a Hará, Jacó teve o encontro com uma jovem formosa por nome Raquel, que era sua prima. De imediato, apaixonou-se por ela. O relato em Gênesis: Estando ele ainda falando com eles, veio Raquel com as ovelhas de seu pai; porque ela era pastora. 10 E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou Jacó, e revolveu a pedra de sobre a boca do poço, e deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe. 11 E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua voz, e chorou. 12 E Jacó anunciou a Raquel que era irmão de seu pai e que era filho de Rebeca. Então, ela correu e o anunciou a seu pai.
A ideia que se tem é que ele ficou tão fascinado pela beleza de Raquel, e tão encantado com seu charme, que nem viu seus defeitos ou considerou a vontade de Deus em relação a ela. E, sendo um manipulador sagaz como era, na mesma hora começou a tratar do assunto. Ele lembrou aos pastores que ainda era hora de apascentar as ovelhas, e eles deveriam dar de beber aos rebanhos e levá-los de volta ao pasto enquanto era dia, provavelmente uma manobra para se livrar deles e poder conversar com Raquel a sós. Os pastores, no entanto, tinham algum tipo de acordo de não rolar a pedra de volta à boca do poço enquanto todos os rebanhos não estivessem reunidos.
E segue: Jacó fez assim e cumpriu a semana; então, lhe deu por mulher Raquel, sua filha. 29 E Labão deu sua serva Bila por serva a Raquel, sua filha. 30 E entrou também a Raquel e amou também a Raquel mais do que a Leia; e serviu com ele ainda outros sete anos.
Jacó, entretanto, achou que estava apaixonado. Quando Raquel estava por perto, seu coração batia mais rápido e um sentimento maravilhoso tomava conta dele. Ela era a criatura mais linda em que seus olhos tinham pousado e ele achava que a vida sem ela não valia a pena. Para ele, isso era suficiente. “Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava.
Sob a pressão desse relacionamento bígamo, a verdadeira personalidade de Raquel veio à tona. Quando percebeu que Lia dava filhos a Jacó, e ela não, ela ficou com muito ciúme da irmã e disse a Jacó: “Dá-me filhos, senão morrerei” (Gn. 30:1). Essencialmente, ela estava dizendo: “se as coisas não podem ser do meu jeito, prefiro morrer”. Eis uma mulher que tinha quase tudo na vida — grande beleza física, todo tipo de coisas materiais e a devoção profunda de um marido apaixonado. Será que o amor de Jacó não valia mais que uma porção de filhos? Não, não valia, pelo menos não para Raquel.
Raquel era uma mulher estéril, mas morreu no parto do segundo filho pela vontade divina. Jacó estava longe de ser perfeito, mas ele é um exemplo para nós de como um marido deve tratar a esposa quando ela não é tudo o que deveria ser. A pedido de Jacó, ele foi sepultado ao lado de Lia na caverna de Macpela, em Hebrom, junto de Abraão, Sara, Isaque e Rebeca.
Conforme aumentar o nosso conhecimento, pelo estudo da Palavra de Deus e pela oração em Sua Presença, encontraremos mais paz e maior satisfação dentro de nós. E, então, seremos capazes de receber, com gratidão, aquilo que Ele nos dá e, ao mesmo tempo, agradecer por aquilo que Ele não nos dá, confiantes de que os Seus caminhos são perfeitos. E seremos capazes de mudar aquilo que pode ser mudado, enquanto aceitamos alegremente aquilo que não pode ser mudado, tendo a certeza de que é parte do Seu plano perfeito para nos levar à maturidade.