O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou nesta tarde que vai manter a leitura e votação no plenário do relatório, já aprovado, que determina a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma. O senador rejeitou a argumentação do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP), que determinou a anulação das sessões de votação na Câmara que aprovaram a abertura de processo.
“Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto”, disse o presidente do Senado.
Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).
Diante do anúncio, vários senadores pediram a palavra para apresentar questões de ordem, gerando confusão no plenário, fato que resultou na interrupção da sessão por dois minutos.