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04/10/2024
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    JOTA OLIVEIRA

    Há trinta e sete anos, no dia 31 de março de 1984, uma data que ficou gravada nas memórias dos jornalistas Jota Oliveira e Jairo de Lima Alves. Jota Oliveira descreve: “naquela data, chovia muito e para se chegar a Mundo Novo a gente precisava cruzar o rio Paraná de balsa e aportar no Porto José Fragelli, do lado de Mato Grosso do Sul. Da barranca do rio até a cidade de Mundo Novo eram poucos quilômetros, mas devido às fortes chuvas que caíam, existiam muitas poças d´água, o que dificultava a trafegabilidade de carros e, o pior, de moto, como eu cheguei na cidade.”

    Continua o jornalista: “Vim para Mato Grosso do Sul sem saber que, sequer ia trabalhar aqui. Cheguei à cidade, fui direto na casa do professor Jairo, um sobrado onde ele reside até hoje, e disse que queria trabalhar com ele no jornal.” Nos primeiros dias aconteceram muitas surpresas, tanto do meu lado, como para ele.” Uma delas: “Lembro-me até hoje de uma aposta: falei a ele que iria vender um comercial para a Alice Modas e ele duvidou. Daí apostamos e dias depois pela criação da arte da propaganda que fiz, ela aceitou fechar um contrato conosco. Ele surpreso e feliz, me pago um frango frito no chicken-in e algumas cervejas. Foi o máximo.”

    O relato do jornalista é fidedigno, quando afirma “Desta data até hoje, já fui funcionário do Jairo de Lima Alves por quatro vezes, em períodos diferentes e até hoje somos bons amigos e nunca tivemos uma briga comercial por desacertos. Na época o jornal Tribuna do Povo era um sucesso na região Cone Sul do Estado e, principalmente, na vizinha Guaíra, no Paraná. Chegamos a ter 52 anúncios do outro lado do rio e mais de 60 em solo sul-mato-grossense.” Época de ouro!

    As proezas que ele conta: “Acostumado a trabalhar no Paraná, por três anos, logo que aqui cheguei em seis meses fui ameaçado de morte quatro vezes. Um dos casos aconteceu na Fazenda Indiana, em Japorã, quando da visita do então governador Wilson Barbosa Martins. Um empregado de um comerciante da cidade tentou empurrar uma faca em minha barriga que já era meio gordinha. Os companheiros de imprensa interferiram e tudo acabou da melhor forma possível e eu sem arranhões.”

    Trabalho duro, mas gratificante. Jota relata: “A gente trabalhava muito, ganhava bem naquele tempo, mas era uma vida sofrida. Teve uma época que a gente ‘fechava’ o jornal à noite e de manhã eu viajava para Curitiba para imprimir o mesmo no “O Estado do Paraná”. Chegava lá as 18 horas, levava os diagramas para a gráfica e ia jantar e dormir. Por volta da meia noite, eles me ligavam no hotel e o jornal estava pronto. Eu levantava, tomava um banho e vinha para Mundo Novo a todo vapor.”

    As aventuras: “O saudoso Castro Alves, aprendeu andar em uma moto Honda de minha propriedade. Com seus filhos sempre mantive um excelente contato. A dona Luzimar, sua esposa, era e é até hoje fã dos meus assados em churrasqueira, em especial, uma costela mingua.”

    Finalmente: “Uma das coisas que me lembro sempre e até procurei nos arquivos e não encontrei, são as crônicas do jornalista Marcos Ferreira, série chamada A Bicharada. Nela eu era o Jornalista Retratista. Sempre foi a coluna mais lida do jornal, porque mexia com todo mundo da cidade e região.”

    Acho que já escrevi demais, né?  Isto aqui é um pouco da minha história em Mundo Novo, com o professor Jairo de Lima Alves.

    (Jota Oliveira – jornalista)

     

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