A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) investiga um advogado de 59 anos, suspeito de estuprar a filha de 10 anos, em Campo Grande. A menina já teria passado por atendimento psicossocial e relatado que os abusos acontecem há muito tempo.
A mãe da menina contou que começou a perceber algumas mudanças no comportamento da criança mesmo antes da separação do casal, que aconteceu em novembro de 2019, mas acreditava que seria rebeldia de criança, já que quando questionava a menina ela não dizia nada.
Após a separação, o comportamento piorou e a menina acabou sendo levada para acompanhamento psicológico, principalmente, depois de não querer mais fazer visitas ao pai. “Ela tinha repulsa quando falava em visitar o pai”, disse a mãe, que relatou que em uma das visitas quinzenais, a criança chegou a vomitar e ter diarreia.
Quando a mulher chegou a questionar o ex-marido sobre o comportamento da filha, ele disse que não sabia o que estava acontecendo. A menina só acabou relatando que estava sendo estuprada pelo pai nas sessões de terapia. Ela contou que o pai a abusava ainda quando era casado com sua mãe, e que o advogado passava as mãos em seu corpo.
Um boletim de ocorrência foi registrado pela mulher no dia 17 deste mês. Após o registro da ocorrência, ela teve de fazer outro registro na delegacia já que passou a ser ameaçada pelo filho do casamento anterior de seu ex-marido. O irmão de sua filha de 27 anos chegou a invadir o consultório onde a menina estava sendo atendida na tentativa de levar a garota embora.
“Nunca desconfiei dele, era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Era pai da minha filha”, disse a mulher que chegou a achar que os abusos teriam sido cometidos por um primo ou irmão da filha, que negou afirmando que seu pai que havia estuprado ela.