Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena[1][2][3][4] (em alemão: Caroline Josepha Leopoldine von Habsburg-Lothringen; Viena, 22 de janeiro de 1797 – Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1826), depois conhecida como Maria Leopoldina, foi a primeira esposa do imperador D. Pedro I e Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1822 até sua morte, também brevemente sendo Rainha Consorte do Reino de Portugal e Algarves entre março e maio de 1826. Era filha do imperador Francisco I da Áustria e sua segunda esposa Maria Teresa da Sicília.
Leopoldina pertencia à Casa de Habsburgo-Lorena, nobre família e uma das mais antigas dinastias da Europa, a qual reinou sobre a Áustria de 1282 até 1918, dentre outros territórios que imperaram e era a mais antiga casa reinante na Europa quando Leopoldina nasceu. Era filha do último imperador do Sacro Império Romano-Germânico Francisco II, (o qual, a partir de 1804, passou a ser apenas o “Imperador da Áustria” com o título de Francisco I, porque Napoleão I exigiu que ele renunciasse ao título de imperador, no ano em que Napoleão era sagrado imperador dos franceses, e de sua segunda esposa e prima Maria Teresa da Sicília, princesa das Duas Sicílias, de um ramo da Casa de Bourbon, pois era filha do rei Fernando I das Duas Sicílias e de sua esposa, Maria Carolina da Áustria.
Francisco, seu pai, era viúvo de Isabel de Württemberg, morta sem descendência em1790; casaria pela terceira vez com Maria Luísa de Áustria-Este, a quem Leopoldina chamava de «mãe», que não teve filhos e morreu em 1816; e casou uma quarta e última vez com Carolina Augusta da Baviera, morta em 1873 sem filhos.
O nome completo da arquiduquesa de Áustria, que viria a ser a primeira imperatriz do Brasil, era Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, como informa o seu biógrafo e grande estudioso de sua vida, Carlos H. Oberacker Jr, na obra “A Imperatriz Leopoldina: Sua Vida e Sua Época”, confirmado também pela obra “Cartas de uma Imperatriz”, de Bettina Kann e outros autores. Em um dos ensaios apresentados no livro, é citado um trecho publicado no jornal austríaco “Wiener Zeitung”, de 25 de janeiro de 1797, dando a notícia do nascimento da Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina, acontecido três dias antes, num domingo, dia 22 de janeiro. Informa Oberacker Jr. (p. 301 e 302) que o nome “Maria” não se encontra entre os nomes de batismo da Arquiduquesa, o que de fato é verdade. Segundo ele, Leopoldina passou a usá-lo já em sua viagem para o Brasil, ao tratar de alguns negócios particulares. No Brasil, ela passou a assinar somente Leopoldina, ou utilizando o prenome Maria, como pode ser visto no seu Juramento à Constituição do Brasil. Outra hipótese também apresentada pelo mesmo autor é que Leopoldina teria adotado o nome “Maria” por sua grande devoção à Virgem e pelo fato de todas as infantas portuguesas usarem este nome.