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    Tribuna Livre – 23 de junho 2016

    COISA ESQUISITA – Nunca se viu tanto desânimo em épocas eleitorais como o que se verifica agora. Ninguém pode dar uma explicação convincente sobre a situação de hoje, mas deve ser a falta de recursos e também o rigor da legislação eleitoral vigente. Candidatos terão que “rebolar” para conseguir votos para a legenda. O assunto nas ruas, tanto de eleitor como de candidatos, é que haverá muito protesto nas urnas, com votos nulos e em branco.

    ESCASSEZ DE LIDERANÇAS – Com raras exceções, os municípios não possuem mais um quadro satisfatório de líderes populares. São muitos os fatores que contribuíram para essa realidade no interior do País. Um deles, sem dúvida alguma, é a corrupção nos meios políticos. Isso vem deixando a população em alerta e sem vontade de exercer o voto popular, ou de se comprometer com lideranças já existentes, que não têm o perfil desejado.

    DISPUTAS NO CONE SUL – O Cone Sul de MS tem um quadro muito parecido com outras regiões pobres em todo o Brasil. A maioria das cidades não dispõe de um quadro ideal para disputar as eleições de outubro. Iguatemi tem dois candidatos que podem preencher os requisitos. Naviraí pode apresentar alguma surpresa com novatos na disputa, mas as velhas “raposas” ameaçam enfrentar as urnas mesmo com o desgaste que têm.

    SEM RUMO – Existem comunidades que estão mesmo sem rumo na política, porque não têm opção para dar o voto de confiança. Propostas pífias estão nas esquinas, mas os postulantes não têm credibilidade para avançar. A situação é horrível e as pessoas começam a fazer questionamentos diante da dúvida em quem votar. Essa é a dura realidade em Eldorado e Mundo Novo, com a impossibilidade de surgir uma “luzinha” no final do túnel.

    VOTO NULO – Nas cidades sem lideranças positivas, pode prevalecer o voto de protesto ou, quem sabe, o voto nulo. A urna eletrônica oferece esse meio, para o eleitor se manifestar quando não concorda com o quadro de candidatos. Se houvesse uma consciência geral dos votantes, sendo a totalização de votos inferior a 50%, o pleito seria anulado plenamente e novas eleições seriam convocadas com outras lideranças emergentes. Isso é remoto!

    AVISO AOS NAVEGANTES – O mar não está prá peixe! Quem imagina que será muito fácil conquistar voto neste tempo, está muito enganado. O povo acompanha com interesse o que vem acontecendo nos bastidores e nas salas secretas. A eleição terá um custo e poucos estão percebendo a diferença desta para outras eleições no passado. A ausência nas urnas pode ser um fato novo, uma forma de protesto solene quem tem o poder de escolher.

    PENSAMENTO DO COLUNISTA – Aparentemente, após os episódios mais recentes, o brasileiro tem sido menos tolerante à corrupção. Ao longo da história, porém, não tem sido assim. Em alguns casos, mesmo com a punição de corruptos, estes se reelegeram para cargos eletivos. É uma prova de que o brasileiro possui memória curta. É bem provável, se não houver uma expansão considerável da consciência, políticos massacrados pela imprensa e presos pela Operação Lava Jato, muitos agentes deles voltarão à vida pública. – Jairo de Lima Alves

     

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