Houve interesse do Governo Federal em promover um Projeto de Reforma Agrária na pequena cidade de Mundo Novo, que começava a se desenvolver. Foi em julho de 1967 que, administrado por militares da reserva, o IBRA deu início a um ambicioso projeto de colonização, distribuindo lotes rurais para as famílias que chegavam de outros estados, a maior parte do vizinho Estado do Paraná. Muitos criticaram a iniciativa, mas para a maioria foi boa a participação do Governo Federal na região.
O IBRA – Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, marcou presença forte, desapropriando áreas de terra e distribuindo pequenos lotes que tinham o nome de parcelas. Estas parcelas foram entregues a pequenos produtores, cujo pagamento seria feito num longo prazo. Ninguém na época conhecia o valor real da hectare, mas os parceleiros trabalhavam com alegria e muita esperança. Recebiam um pequeno incentivo, como a construção de uma casa de madeira e alguns utensílios agrícolas.
Foram desapropriados 72.978,83 hectares de terra e divididos em quase 1500 lotes rurais. Mudando de IBRA para INCRA, a autarquia começou a desenvolver aqui um bom trabalho, apesar de algumas distorções, muito natural em qualquer projeto. Sem dúvida, o INCRA trouxe muito progresso para a região, além da presença do Exército Brasileiro, que construiu a primeira estrada na fronteira com o Paraguai, ligando a cidade de Iguatemi ao Porto Coronel Renato.
É importante lembrar a importante contribuição, marcante e decisiva, da Comissão de Faixa de Fronteira, e depois, pelo Conselho de Segurança Nacional, que ofereciam alguns subsídios para minorar os problemas do lugar. Daí surgiam o apoio direto e necessário para incrementar algumas obras de muito valor para a população. Era a ação eficiente do Governo Revolucionário, implantado em abril de 1964.