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14/12/2024
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    Dia 25 os servidores podem entrar em greve após recusa de proposta do Governo

    O Fórum dos Servidores Estaduais rejeitou a proposta de aumento de 2,94% apresentada pelo governo estadual no último dia 3 de julho. Mobilizações estão programadas a partir do dia 25 e o Fórum orienta que as categorias deliberem por greve geral a partir da mesma data.

    Representantes do Fórum afirmam que o governo de Reinando Azambuja (PSDB) tem superávit de R$ 2,7 bilhões e querem saber onde todo esse recurso foi aplicado até agora.

    “Eles têm que apresentar onde e como usaram esses recursos”, defende Fabiano Reis, presidente do Fórum e do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sindjus).

    Segundo os representantes – que concederam entrevista coletiva no Parque dos Poderes, no canteiro central, onde policiais civis estão acampados há um mês como forma de protesto -, o superávit veio de depósitos judiciais (R$ 1,4 bilhão), rateio de repatriação de dólares (R$ 81 milhões), multas de repatriação (R$ 52 milhões), moratória que permitiu não repasse à União (R$ 680 milhões), dívidas não pagas ao governo federal  (R$ 360 milhões), recursos do Banco Rural liberados pela Justiça (R$ 100 milhões) e compensação de exportações (R$ 60 milhões).

    “Esta gestão estadual foi a que mais recebeu recursos extraordinários. Como eles alegam que não têm dinheiro?”, questiona Fabiano, afirmando que “não vemos obras pelo Estado, então, para onde estão indo esses recursos?”.

    A orientação do Forum é para que cada sindicato realize assembleias para definir deflagração de greve a partir do dia 25. Polícias e militares não podem entrar em greve, mas prometem aquartelamento ou operação tartaruga. Professores, polícias civil e militar, servidores do Judiciário e agentes penitenciários são as categorias mais envolvidas nas mobilizações.

    Sindicâncias
    Os servidores do Fórum alegam perseguição, sendo que um dos integrantes, presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), André Luiz Garcia Santiago, responde a cinco sindicâncias desde o ano passado por declarações dadas à imprensa.

    “Isso é uma forma de retaliação por declarações feitas, contrárias à política salarial do governo”, enfatiza. Para ele, “é incoerente um governo que se diz transparente, retaliar assim”.

    Coronel da Polícia Militar e presidente da Associação dos Oficiais Militares de MS (AOFMS),  Alírio Vilassanti também responde a sindicância por “discurso proferido contra o governo do Estado a respeito de negociação salarial”. O coronel classifica o ato como arbitrário e que ninguém pode ser investigado por declarar as próprias opiniões ou por estar à frente de entidade que defende os direitos de servidores.

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