sexta-feira,
29/09/2023
Mais
    InícioDestaqueROMA, CIDADE ETERNA

    ROMA, CIDADE ETERNA

    Conforme a versão lendária da fundação de Roma, relatada em diversas obras literárias romanas, tais como a Ab Urbe condita libri (literalmente, “desde a fundação da Cidade”), de Tito Lívio, e a Eneida, do poeta VirgílioEneias, príncipe troiano filho de Vénus, fugindo de sua cidade, destruída pelos gregos, chegou ao Lácio e se casou com uma filha de um rei latino. Seus descendentes, Rómulo e Remo, filhos de Reia Sílvia, rainha da cidade de Alba Longa, com o deus Marte, foram jogados por Amúlio, rei da cidade, no rio Tibre. Mas foram salvos por uma loba que os amamentou, tendo sido, em seguida, encontrados por camponeses. Conta ainda a lenda que, quando adultos, os dois irmãos voltaram a Alba Longa, depuseram Amúlio e em seguida fundaram Roma, em 753 a.C.. A data tradicional da fundação (21 de abril de 753 a.C.) foi convencionada bem mais tarde por Públio Terêncio Varrão, atribuindo uma duração de 35 anos a cada uma das sete gerações correspondentes aos sete mitológicos reis. Segundo a lenda, Rômulo matou o irmão e se transformou no primeiro rei de Roma.

    A REPÚBLICA ROMANA

    De acordo com a tradição e escritores posteriores como Tito Lívio, a República Romana foi fundada por volta de 509 a.C.,[20] quando o último dos sete reis de Roma, Tarquínio, o Soberbo, foi deposto por Lúcio Júnio Bruto e um sistema baseado em magistrados eleitos anualmente e em várias assembleias representativas foi estabelecido.[21] Uma constituição estabeleceu uma série de pesos e contrapesos e a separação de poderes. Os magistrados mais importantes eram os dois cônsules, que juntos exerciam autoridade executiva, como o imperium, ou o comando militar. Os cônsules tiveram que trabalhar com o senado, que inicialmente era um conselho consultivo da nobreza, ou patrícios, mas cresceu em tamanho e poder. Outros magistrados da república incluem tribunosquestoresedispretores e censores.[24] As magistraturas eram originalmente restritas a patrícios, mas depois foram abertas para pessoas comuns ou plebeus. Assembleias republicanas de votação incluíam a assembleia das centúrias, que votava sobre assuntos de guerra e paz e elegia homens para os cargos mais importantes, e a assembleia tribal, que elegia cargos menos importantes.

    No século IV a.C., Roma havia sido atacada pelos gauleses, que agora estendiam seu poder na península Itálica além do vale do Pó e através da Etrúria. Em 16 de julho de 390 a.C., um exército gaulês sob a liderança de um chefe tribal chamado Breno encontrou os romanos às margens do rio Ália, a apenas 16 quilômetros ao norte de Roma. Breno derrotou os romanos e os gauleses marcharam diretamente para a cidade de Roma. A maioria dos romanos tinha fugido, mas alguns se trancaram no Capitólio para uma última resistência. Os gauleses saquearam e incendiaram a cidade, depois cercaram o monte Capitolino.

    O cerco durou sete meses, os gauleses concordaram em dar paz aos romanos em troca de 1 000 libras de ouro. Segundo uma lenda posterior, os romanos que supervisionavam a pesagem notaram que os gauleses estavam usando falsas escamas. Os romanos pegaram em armas e derrotaram os gauleses; seu general vitorioso, Marco Fúrio Camilo, comentou: “Com ferro, não com ouro, Roma compra sua liberdade”.

    Os romanos gradualmente subjugaram os outros povos na península Itálica, incluindo os etruscos. A última ameaça à hegemonia romana na Itália veio quando Tarento, uma importante colônia grega, recrutou a ajuda de Pirro de Épiro em 281 a.C., mas este esforço também fracassou. Os romanos garantiram suas conquistas fundando colônias romanas em áreas estratégicas, estabelecendo assim um controle estável sobre a região da Itália que já haviam conquistado.

     

    Mais Lidas

    WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com