Deus, o Supremo Criador de tudo o quanto há, se revela em suas criações, pois mergulhar na Sua essência com profundidade a ponto de conceituá-lo de forma plena, ainda não é possível ao homem mediano que habita a Terra.
Na Sua Sabedoria infinita dotou o homem de Livre Arbítrio, que passou a ser cocriador. A grandeza da Arte Divina é percebida na exuberância da Natureza e sua complexidade estrutural, no próprio homem, apogeu de sua Ação Criadora e nas Leis Magnânimas que regem todo o Universo. Entre as cocriações da arte humana a maior delas é sem sombra de dúvidas são as cidades. Obra sempre incompleta, não é trabalho de um único artista.
É ‘Obra’ construída por muitas mãos e em tempo indefinido. E as que já morreram ao longo dos séculos, nunca foram concluídas. Obra de arte exigente, pois precisa se adaptar ao ‘modus vivendi’ de cada época, atendendo as necessidades dos que transitam pela vida. A arquitetura também é arte, como todas as artes é construída sobre os alicerces dos Sentimentos e das Sensações, porém iluminada pela Razão. Assim, tem sua liberdade limitada, por aspectos como funcionalidade, dimensões, travas legais, padrões estéticos, e outros. Participar da construção das cidades se torna dever de todo cidadão. Desde o simples transitar pelas vias, ao ‘descarte correto dos resíduos, a preservação dos bens públicos, propor soluções. Viva as cidades, viva a Natureza!
(Allan de Kard verão de 2022)