O aluno surdo tem suas particularidades, principalmente pela ausência da compreensão da oralidade e de entendimento de conceitos subjetivos. Para realizar uma aula, para uma turma de segundo ciclo do ensino fundamental se faz necessário que o professor tenha conhecimento mínimo do desenvolvimento da aprendizagem do surdo, e como o mesmo adquire este conhecimento.
O surdo apresenta condições cognitivas semelhantes ao aluno ouvinte, porém, sua deficiência em ouvir, o impede de ter a aquisição dos conteúdos similares. Precisando assim, que não apenas o interprete, mas também o professor titular da disciplina, tenha conhecimento mínimo em libras. O professor deve sempre apresentar sua aula de frente para o aluno, para que o mesmo faça uma análise das expressões faciais e se leitor labial faça sua leitura.
A aula quanto a teoria, deve ser traduzida pelo interprete de Libras, que fará a transcrição literal e o professor titular deve trabalhar exemplos práticos, atividades com imagens ilustrativas e ainda uso de vídeos legendados, para auxiliar na compreensão dos conteúdos.
Formar grupos de alunos também é importante, para que o aluno surdo possa interagir e sentir-se pertencente ao grupo escolar. Pois, uma das dificuldades discutidas na comunidade surda, é a ausência de interação com alunos ouvintes. Nestes grupos, o aluno surdo, pode ter sua função definida pelo próprio grupo, orientado pelo professor, este pode ser o escriba, fazer a tradução em libras ou ainda selecionar e confeccionar vídeos com os temas estudados e por ele compreendido.
Compreender que o aluno surdo, pertence a determinada turma é um dos grandes desafios da educação, pois muitas vezes, este aluno fica vinculado apenas ao interpréte, não estabelecendo vínculo com o professor titular da disciplina e nem com os demais colegas de classe.