Os preços do petróleo desabaram de modo assustador na segunda-feira (9), arrastando as bolsas de valores de todo o mundo e fazendo disparar a cotação do dólar, principalmente frente às moedas de países emergentes – com novo recorde no Brasil. O cenário elevou os temores de uma recessão global.
A causa da turbulência neste dia de tensão generalizada nos mercados globais foi uma guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita, dois dos maiores produtores de petróleo do mundo. Eles estão em desacordo sobre o tamanho da produção da commodity neste ano.
O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, despencou 12,16% e registrou a maior queda desde 10 de setembro de 1998, causada na época pela moratória da Rússia.
Esse desempenho adicionou mais um componente a essa conjuntura preocupante. Logo na abertura na abertura da sessão, o índice despencou 10%, levando ao “circuit breaker” (interrupção automática das negociações, que durou meia hora), o primeiro desde maio de 2017.
As empresas brasileiras perderam R$ 431,724 bilhões em valor de mercado nesta segunda. Desde o início do ano, já encolheram R$ 1 trilhão.