Foi excluído do quadro de servidores da Polícia Militar o sargento Carlos Alberto Rocha, de 53 anos. Ele é o responsável pela morte de João Victor Gomes Risa, de 21 anos, durante uma briga de trânsito em agosto de 2016 e também do adolescente Luiz Henrique da Silva Santos, 17 anos, em maio de 2013. No entanto, no último caso, Rocha foi absolvido com a alegação de que a morte do menor de idade aconteceu por legítima defesa.
Após investigação, a corregedoria da PM considerou que o agora ex-sargento é culpado no processo de investigação aberto contra ele em janeiro de 2017, e o considerou “incapaz de permanecer na condição de policial militar da reserva remunerada”.
“Neste sentido, acolhendo a conclusão do Colegiado quanto à culpa do acusado, e com fundamento nos termos do art. 86 inciso II, do art. 94 e do art. 95 inciso VI, todos da Lei Complementar nº 053/90, combinados com a letra “a” do inciso IV e § 2º do art. 13 do Decreto nº 1.261, de 02 de Out 81, bem como, em face do acusado possuir mais de 22 anos de efetivo serviço na Corporação, por dever de justiça, determino a efetivação de sua REFORMA ADMINISTRATIVA”, diz a decisão.
Caso João Victor
Na noite do dia 28 de agosto de 2016, João Victor Gomes, de 21 anos foi ferido a tiros no peito pelo sargento Carlos Alberto da Rocha após uma discussão em Rio Verde, na praça da cidade.
O sargento teria estacionado seu veículo e trancando a passagem do carro de João Victor, que pediu que ele retirasse seu carro por que queria sair. O jovem parou atrás do carro do sargento que continuou no lugar. A vítima desceu e deu-se início a uma discussão.
De dentro do veículo, o sargento disparou contra o jovem que foi atingido no peito. João ainda cambaleou por alguns metros e caiu morto ao lado de seu carro. Com ele estavam a mulher e a filha.
Caso Luiz Henrique
Luiz Henrique da Silva Santos foi morto em maio de 2013 em São Gabriel do Oeste com dois tiros disparados pelo então sargento Carlos Alberto.
Conforme o processo o policial passava pela rua quando foi abordado pela vítima e um amigo. Segundo Rocha, o adolescente teria colocado a mão na cintura dando a entender que estava armado, momento em que o militar passou a perseguí-lo.
O menor de idade entrou em uma casa e pediu ajuda a uma moradora dizendo que o autor queria matá-lo. Ele se escondeu na casa e a proprietária tentou impedir a entrada do policial no local, porém não conseguiu e teve a casa invadida.
Na residência Carlos se aproximou da vítima, efetuou dois disparos e justificou para a moradora que o adolescente tinha que morrer porque era malandro.
Em setembro de 2017 a Justiça absolveu o militar no caso sob alegação de legítima defesa.
MidiaMax