O Misticismo é uma prática espiritual milenar, que surgiu no antigo Egito no ano 1353 a.C, durante o reinando do Faraó Akhenaton. A princípio, para a maioria dos adeptos de organizações místicas, não se trata de religião. No entanto, para muitos seguidores de escolas filosóficas, torna-se uma regra de fé através de meditações e preces. Existem dezenas de correntes no contexto de misticismo, sendo a Ordem Rosacruz a depositária fiel do primitivismo egípcio, mantendo-se nos mesmos princípios até a atualidade. No bojo dessa crença milenar, para quem admite a similaridade, estão outras ordens rosacruzes e também as potências maçônicas espalhadas em todo o mundo civilizado.
Todas as ordens espiritualistas, tendo ou não o seu avatar próprio, integram um conjunto de crenças, independente de dogmas, que buscam o Deus de seu coração e têm suas práticas discretas num altar de adoração, comumente chamado de Sanctum do Lar. Em geral, os praticantes de escolas místico-espirituais são cidadãos livres, e como tal, não são habituais frequentadores de outras denominações, embora as respeitem como bênção divina para ajudar as pessoas que necessitem de conselhos práticos e assistência espiritual. Grandes mestres e adeptos, em todo o mundo, já foram chamados de hereges, por discordarem do sistema de coisas conhecido como religião organizada. É grande a lista e bastaria citar René Descarte, Galileu Galilei, Giordano Bruno, Nicolau Copérnico e Albert Einstein. Milhares de homens perseguidos pela escolástica (estrutura teológica da Idade Média), que tentou conciliar fé e razão e que hoje é de interesse apenas dos historiadores.
Os místicos estão em toda parte, e de maneira pessoal e sem vínculo com as crenças dominantes, operam em nome de Deus, não sendo identificados como cristãos, embora reconheçam que o Nazareno Jesus foi um essênio e mestre maior em todas as épocas. Muitos adeptos do misticismo são seguidores de templos e denominações cristãs, sem a prática do proselitismo exacerbado. Sabe-se, por exemplo, que Harvey Spencer Lewis, expoente da AMORC, foi batizado nas águas num lago do antigo Egito, onde também o precursor João Batista teve a sua imersão. São conceitos particulares, e cada místico tem liberdade para viver como quiser, adotando o princípio de fé e razão e com o discernimento recebido do céu, sem intermediação de sacerdotes e outras doutrinas comuns nos meios religiosos. As leis do Carma estão presentes no dia a dia desses Irmãos Herméticos, assim como a consciência do bem e do mal é fator determinante na conduta desses milenares Seguidores do Cósmico.
Todos podem estudar livremente, por meio da busca espiritual que cada pessoa aspira para uma vida mais produtiva e repleta de paz e prosperidade. É bom salientar que o Misticismo puro pode até ser considerado uma religião, mas cada organização religiosa em todo o planeta possui a sua própria mística, que é o conjunto de crenças e doutrinas pelas quais se manifesta.