A ação prática do prefeito Waldeli dos Santos Rosa em Costa Rica, é uma prova de que é possível implantar gestão eficiente, sem cabide de emprego e livre de corrupção.
Visitando a região nordeste do Estado de MS, o Jornalista Jairo de Lima Alves entrevistou Waldeli dos Santos Rosa, prefeito de Costa Rica, conferindo junto ao Gestor Municipal as realizações de infraestrutura e a satisfação da maioria dos 22 mil habitantes ao modelo de gestão com austeridade implantada no município, que não possui dívidas, e tem um saldo positivo de mais R$ 20 milhões em caixa.
No seu quarto mandato, sendo eleito pela primeira vez no ano 2000 pelo PMDB, e reeleito em 2004, por meio de candidatura única. Filiado ao PR no ano de 2012, foi contemplado para o seu terceiro mandato, com a conquista de prefeito melhor avaliado no ano de 2015, contribuindo para a reeleição no ano de 2016 com 76,57% ( o maior percentual de votos de Mato Grosso do Sul, para o mandato de 2017-2020).
Ao encerrar o terceiro mandato de prefeito de Costa Rica, bateu o recorde de aprovação da população, com 92,80%. Foi o mais bem avaliado entre os 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul, segundo a pesquisa do IPEMS – Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul.
Entrevista
Ao Sistema Tribuna de Comunicação-STC, o prefeito Waldeli ressaltou que é possível melhorar o povo e até o cenário nacional a partir de determinação, disciplina e acima de tudo que tenha comprometimento com as causas públicas, não gastando além do que arrecada, equilibrando custeio da máquina pública, principalmente com a folha do servidores; pois sendo elevado não se consegue fazer obras de infraestrutura.
Jairo – O segredo para uma boa Administração?
Waldeli – Existe, Gestão!
(Segue) Uma dona de casa consegue êxito com o que vem a mão, cortando gastos desnecessários em sua casa. O prefeito pode dizer que não é corrupto! Porem o sistema as vezes contribui para esta possibilidade!
O desnecessário e corrupção indireta é combatido diariamente.
Gastar somente com o que se arrecada e ter uma folha de pagamento muito baixa (2008 a folha no final da Gestão de Waldeli estava reduzida em 23% e atualmente em 31%. ‘A Lei de Responsabilidade permite até 51% de toda Receita aos municípios’).
Jairo – O custeio com folha…
Waldeli – Desculpe alguns colegas prefeitos. O apadrinhamento político com altos salários-, até então é legal, por outro lado lamentável ao quadro de servidores efetivos, que passam a produzir com menor potencial devidamente pela discrepância salarial.
Jairo – Servidor comissionado versos Servidor de carreira, todos tem que estar comprometidos?
Waldeli – Exatamente!
Os servidores de carreira tem que ser incentivados, eles conhecem os erros e os acertos no presente e no passado, contribuindo para o ajuste e eficácia da máquina administrativa.
O cargo político o mínimo possível, ficando preferencialmente na esfera de secretariado-, e os demais atributos empregatícios para o seleto grupo de concursados-, viabilizando para estabilidade da folha.
Eleição 2014
Jairo – Sendo um empreendedor e comprovando pessoalmente o que é o meio politico, esteve há pensar na disputa de 2004 com uma desistência?
Waldeli – Opção em permanecer na política seria a candidatura única! Com minha reeleição sem gastos e compromissos individuais Costa Rica mereceu no final da Gestão todas as vias pavimentadas e 12 milhões em obras e contrapartida, e podendo ainda me confiar o sucessor.
Jairo – Volta ao comando do Município após os quatro anos. Qual o cenário em 2013?
Waldeli – Neste período, o perímetro urbano ampliou sem projeção asfáltica, com salários e fornecedores atrasados, e mais ainda, com 8 milhões negativado.
Jairo – Na sua reeleição para o quarto mandato, com a maior votação proporcional do Estado em 2016, diferentemente do primeiro, houve disputa?
Waldeli – Com toda possibilidade de candidatura única provoquei uma disputa, sendo essencial para ouvir dos eleitores e do oponente os desafios para uma nova administração e valorizando a democracia.
Jairo – Gestão austera em Costa Rica. Não reclamação pelo gesto firme de mandarinário?
Waldeli – Vencemos com a sinceridade em atender interesses do coletivo e não individual.
A população entendendo no fundo que terá uma saúde de qualidade e educação de qualidade, com participação dos funcionários e entidades decidindo coletivamente tem todo apoio.
(Segue) O que povo não aceita são as individualidades e a politicagem! Vendo as obras chegando, e o mesmo tratamento para com todos, certamente o Governo é bem avaliado!
Jairo- O prefeito conduz como uma empresa…
Waldeli –Uma grande empresa com atividades normais de 8h trabalhadas diariamente, inclusive os médicos, psicólogos e outros; eles tem ser o exemplo para povo, que paga para prestação de suas tarefas.
Jairo – Prefeito há pretensões políticas em outros níveis?
Waldeli – Pretensões podem existir para o momento oportuno, respeitando a bagagem política de alguns como do ex-governador André Puccinele e governador Reinaldo Azambuja-, sem intenções de enfrentamento, mesmo havendo os desgastes naturais de ambos.
Jairo – Em uma composição?
Waldeli- Viável.
(Segue) No caso de outros baluartes da política, incluindo o ex-governador Zeca, Juiz Odilon, Ayache, Nelsinho que são cacifados por grupos para disputa e partindo para uma análise e desejo de mudança dos sul-mato-grossenses, estamos pronto.
Jairo – 2018 ou 2022. Até mesmo pela prestação de ótimo trabalho…
Waldeli – A política no Estado tem respeitado uma hierarquia. Não adiante eu ir para uma disputa se o povo não clama por uma mudança; mesmo com alguém dizendo: Zeca de Porto Murtinho, André de Fatima do Sul, Reinaldo de Maracaju, porque o de Costa Rica não pode chegar, se tem trabalho prestado?
-É preciso ouvir pessoas, pois não pode ser candidato de si próprio! Será que o povo quer o novo ou continuar com o que está aí?
Jairo – Uma decisão dificil…
Waldeli- Veja bem para ser pré-candidato em 2018 em qualquer cargo é preciso eu renunciar ao mandato em 30 de março, deixar uma cidade planejado com mais de 20 milhões em caixa para investir, mais de 40 milhões em obras e execução, só tenho coisas boas. Vou para disputa aonde não tenho certeza da vitória, ou do contrário com risco de um clamor das pessoas que apoiam o servidor efetivo sem apadrinhamento político e com aval de gente qualificada para assumir postos estratégicos. Assim, eu posso aceitar ser pré-candidato. Somente renunciaria o mandato de prefeito para candidatura ao Governo Estadual, podendo muito contribuir com meu Estado.