A Secretaria Nacional de Mulheres do PSB pediu que a deputada federal sul mato-grossense Tereza Cristina (PSB) deixe o partido, antes de ser expulsa. O pedido, feito por meio de uma nota enviada à bancadas do partido no Senado e na Câmara, após a parlamentar admitir negociações e encontros com emissário do PMDB e DEM para migrar de legenda.
“Exigimos que a pessoa em questão [Tereza] não espere o processo de expulsão por meio da representação do Conselho de Ética e que tenha a dignidade de deixar o PSB, antecipando-se assim a mais essa situação de desmoralização pública”, diz a nota assinada pela deputada Dora Pires (PSB), secretária nacional do partido.
Na terça-feira (18), o presidente Michel Temer (PMDB) teria participado de um café da manhã na casa da deputada sul mato-grossense. Segundo a própria parlamentar afirmou à imprensa nacional, o motivo da reunião teria sido evitar que Tereza e um grupo de 10 deputados deixasse o PSB e migrasse para o DEM. O presidente ainda teria oferecido espaço em seu partido aos dissidentes pessebistas.
A posição de Tereza e do grupo de cerca de dez deputados dissidentes, que apoiam as reformas propostas pelo Governo Federal, são contrárias à posição da direção do partido.
O grupo de 11 mulheres da Secretaria Nacional do PSB resolveu levar a questão à Executiva Nacional da sigla. Na nota, as deputadas dizem que a posição de Tereza representa “a desmoralização das mulheres socialistas e de esquerda”, e pedem sua saída imediata “das fileiras sociaistas”.
Em entrevista à IstoÉ, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que irá cobrar que o presidente do partido, Carlos Siqueira, tire Tereza da liderança do PSB na Câmara. “A gente não pode ficar nessa situação em que a líder conspira contra a bancada que ela lidera para poder levar para outros partidos”, disse o parlamenar ao periódico.
MidiaMax