Como se não bastasse o desgaste político causado pelos escândalos de corrupção, o PT em Mato Grosso do Sul atravessa hoje a pior crise financeira desde sua fundação, em 1980.
Ontem, o presidente estadual do partido e deputado federal, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, confirmou a demissão de 90% dos funcionários do diretório regional. Sem dinheiro para pagar as contas, o petista se viu pressionado a cortar despesas. “Não teve outra alternativa”, lamentou.
A escassez de recursos foi agravada depois que a Justiça determinou a suspensão do fundo partidário de 1º de abril deste ano a 1º de janeiro de 2018.
Constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros atribuídos por lei, o fundo abastecia o partido no Estado com R$ 12 mil por mês.
“A folha mensal é de R$ 30 mil. A matemática já não estava funcionando”, declarou Zeca do PT, que assumiu a presidência do partido no dia 21 do mês passado. “Paguei todas as despesas, como luz, água, telefone e aluguel, que, inclusive, estava atrasado em R$ 15 mil”, destacou.
Zeca pretende promover ações beneficentes para não paralisar os trabalhos partidários.
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