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REI SALOMÃO E O TEMPLO DE JERUSALÉM

O Reino de Israel foi a nação formada pelas doze Tribos de Israel, surgindo no século XI a.C sob a liderança de Saul, seu primeiro rei. Sucederam-no Isbonet, Davi e posteriormente Salomão, filho de Davi e Bate-Seba, sendo então o quarto Rei de Israel. Salomão, segundo algumas cronologias, reinou de 1009 a.C a 922 a.C., durante quarenta anos. O nome Salomão deriva em hebraico de Shalom, que significa “Paz”, tem o significado de “Pacífico”. Foi adicionalmente chamado de Jedidias pelo profeta Natã, nome que significava em hebraico “Amado por Deus”.

Era um rei muito jovem e muito sábio. Seu pai, o rei Davi, pouco antes de morrer convocou a Corte e anunciou seus príncipes: “ De todos os meus filhos, porque muitos me deu o Senhor, Ele escolheu Salomão para herdar meu trono”. Adonias, filho primogênito de Davi, proclamou-se pretendente ao trono, mas segundo os profetas era vontade divina que o sucessor fosse Salomão. Seu direito foi assegurado mediante ação decidida de sua mão Bete-Seba, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com a aprovação do já idoso rei Davi.

O novo rei mal entrara na adolescência e com grande responsabilidade. Numa noite, em sonhos, uma Voz lhe falou “Pede o que desejares e serás atendido”. Então, implorou “Dá- me um coração entendido e sábio para julgar e discernir entre o bem e o mal”. Ouviu a promessa do Altíssimo: “Já que não pediste grandezas, nem a morte de teus inimigos, terás um coração tão sábio que antes de ti, ninguém te igualará. E terás riqueza e glória como nenhum rei teve ou terá”.

Assim, começou Salomão, imbuído da Centelha Divina, o seu reinado. Era um rei pacifico, não era um líder guerreiro como seu pai, e tornou-se um grande governante, um juiz justo e imparcial, e logo conquistou a amizade e admiração dos outros reis. Cumulavam-no de presentes valiosos, que vinham acrescer as riquezas já abundantes no reino.

O rei Salomão não perdia suas horas livres em ociosidade. Aproveitava esse tempo para elevar o espírito às regiões espirituais, filosóficas e poéticas. Deixou para a posteridade “Provérbios”, Cânticos dos Cânticos” e Eclesiastes”. No primeiro, tinha como tema recorrente o temor a Deus. Tinha consciência de que a sabedoria perderia seu sentido se não fosse guiada, especialmente em termos éticos e morais, pelo temor a Deus, somente adquirido através do estudo da Lei e da prática de atos de bondade. De suas observações sobre o desenrolar dos tempos, concluiu que “nada é novo debaixo do sol” e, deplorando a frivolidade humana, declarou: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade”.

O rei Davi, desejava construir uma casa para Deus, onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória (Tabernáculo ou Santuário para os hebreus, existente desde os dias de Moisés). Este desejo lhe foi negado por Deus, por ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isto seria permitido a Salomão seu filho, pois era a vontade divina que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem de paz.

O início da construção do Templo de Jerusalém – Templo de Salomão -, foi no quarto ano de seu reinado, e segundo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu pai. O trabalho prosseguiu por sete anos. Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram, rei de Tiro, forneceu material e operários especializados em madeira e pedra. Também contratou “um homem que soubesse lavrar, cinzelar, trabalhar com ouro, prata e ferro”. Coube a Hiram-Abif a construção do Grande Templo.

Foi, então, edificado o Templo no Monte Moriá, em Jerusalém. As paredes externas eram erguidas com pedras polidas, que se encaixavam umas nas outras, sem necessidade do uso de qualquer ferramenta. Dentro, as salas eram revestidas de cedro, com adorno de flores em relevo. O Templo tinha uma planta muito similar ao Tabernáculo que anteriormente servia de centro de adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores que as do tabernáculo. O Santo media 17,8 m de comprimento e 8,9 m de largura e 13,4 m de altura. O Santo dos Santos era um cubo de 8,9 m de lado.

Após a construção do magnífico Templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II rei da Babilônia, em 586 a.C., após dois anos de cerco em Jerusalém. O Templo de Salomão durou 4 séculos. Décadas mais tarde, em 516 a.C., após o regresso de mais de 40.000 judeus foi iniciada a construção no mesmo local do segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C., pelos romanos, durante a Grande Revolta Judaica. Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era uma parte da estrutura do Templo de Salomão, mas estudos científicos com datação atribuem ao muro idade próxima à década anterior ao nascimento de Jesus de Nazaré, podendo tratar-se do terceiro Templo também destruído pelos romanos.

Conclusão – Salomão foi efetivamente um grande construtor. Sua época historicamente considerada e arqueologicamente comprovada, foi de grande prosperidade, e que pelos resultados de escavações arqueológicas e documentos diversos, é possível estabelecer conclusões quanto á arquitetura atribuída ao Templo de Salomão, no que concerne a ornamentação, disposição das dependências, técnica construtiva, comparando a tradição com restos arqueológicos de outros templos do oriente.

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