O arrebatamento dos fiéis provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos subsequentes.
O tema é afirmado, “Vigiai, pois, porque vocês não sabem em que dia vem o seu Senhor”. Outro comando é dado, “Por isso ficai também vós preparados; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem”. Aquele que não estiver vigiando é descrito como alguém que será separado e dado à porção dos hipócritas. Embora as obras estejam em vista, elas são indicativas da fé vital ou a falta dela. “Então, estando dois homens no campo, um é levado e o outro é deixado”. É argumentado que aquele que é levado foi transladado.
Em ambos os versículos, o que é levado, é levado em julgamento. Isso é precisamente o que é feito na segunda vinda de Cristo quando aqueles que permanecerem, entram na benção do milênio, e aqueles tomados, são julgados. A exortação é para vigiar: “Vigiai, pois, vós, em todo o tempo, fazendo suplicação, para que possais prevalecer para escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem”. O dia de provação será universal e inevitável para qualquer um que nesse tempo esteja na Terra, e envolve a remoção, da Terra. Eles estarão diante dEle.
Todos também concordam que aqueles que acreditam em Jesus durante a própria tribulação, podem ter livramento desta na vinda do Senhor que estabelecerá o Seu reino. O ponto de disputa está completamente na conclusão de que alguns crentes serão deixados para passar pela tribulação, enquanto outros são trasladados.
Eles devem ficar em oração, pois somente por meio da ajuda divina eles sobreviverão a esse terrível período. Todos os homens estarão diante de Jesus na Terra em Sua segunda vinda.
A parábola das dez virgens é interpretada pelos pré-tribulacionistas de várias formas. Alguns entendem que se refere à tribulação — as virgens insensatas sendo deixadas para trás porque estavam despreparadas e as virgens prudentes transladadas porque estavam preparadas. O noivo vem ao lugar onde as virgens estão esperando numa cena terrena, e permanece naquela cena terrena até onde concerne a figura. Se as virgens representassem a igreja na era presente, onde estaria a prova que essa é a igreja verdadeira, a companhia daqueles que são salvos? Os verdadeiros crentes são interpretados como tendo azeite nas lâmpadas, típico do Espírito Santo. O comando para “vigiai” tem um significado específico de ser preparado com azeite — sendo regeneradas e habitadas pelo Espírito, ao invés de terem espiritualidade incomum. O claro ensinamento é que “vigiando” não é suficiente. Aqueles que são havidos por dignos da ressurreição dos justos no começo da era milenar, são os salvos que têm morrido e são, naquele tempo, ressurretos dentre os mortos.
De acordo com Daniel 12:1-2, naquele tempo—o fim da tribulação—“todos achados no livro da vida” serão livrados, estejam esses vivos ou mortos. Paulo fala do desejo de conhecer a Jesus, “para que, de algum modo, eu possa alcançar a ressurreição dentre os mortos.” Paulo tinha em mente a necessidade de fidelidade na esperança de merecer a ressurreição no tempo da primeira ressurreição, isto é, antes do milênio, ao invés de esperar para depois.
A ressurreição nesse ponto de vista é, sem dúvida, a ressurreição dos “mortos em Cristo” (1 Ts 4:16). A ambição de Paulo não era, no entanto, que ele pudesse morrer e em seguida, talvez, ser havido por digno da ressurreição naquele momento. A esperança dele era que ele pudesse alcançar a ressureição no sentido de ainda estar vivo quando o evento ocorresse, que significaria que ele seria transladado ao invés de ressuscitado. Paulo não tinha dúvida que ele seria incluído no evento. Depois ele escreveu a Timóteo, “não estou envergonhado; pois, eu sei em quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”. Portanto, isto é uma ressurreição peculiar: a ressurreição do galardão, obtida pelos justos, enquanto os ímpios permaneceriam em seus túmulos”.
A ressureição é parte do dom de Deus, nunca um galardão por obras humanas; entretanto, a mesma pode justificar a fidelidade e, até mesmo, o martírio por parte do crente. Embora os crentes possam não ser ressuscitados no mesmo tempo, o princípio dos estágios da ressurreição é baseado no programa soberano de Deus para os fiéis da velha e da nova aliança. Haverá galardões, mas a ressureição é prometida a todos os crentes fiéis, em todas as dispensações. Os verdadeiros crentes devem viver conforme a fé. A única distinção está entre os salvos e os não salvos.
Essa promessa é para aqueles limpos de mãos e puros de coração, e que não tenham se contaminado com o mundo. Somente esses crentes fiéis, que estão esperando a vinda de Jesus, serão arrebatados.
O ponto principal é que Jesus voltará e completará na Sua segunda vinda, a salvação que Ele providenciou em Sua morte em Sua primeira vinda. Ele abre a porta para o arrebatamento, a verdade do segundo advento, em que baseia o escape do anjo, estando longe de ser ‘guardado’ por todos os filhos de Deus. Portanto, o arrebatamento tem como base a fidelidade do servo de Deus.
Conclusão – Aceitar o princípio das obras para esse importante aspecto da salvação é enfraquecer todo o conceito da justificação pela fé por meio da graça, a presença do Espírito Santo como o selo de Deus “para o dia da redenção”, e todo o tremendo compromisso de Deus representando aqueles que confiam nEle. A questão de galardão é propriamente resolvido no tribunal de Cristo, não antes em uma transladação resultante da tribulação contra outros crentes. A identidade daqueles transladados é descrita como aqueles que “acreditam que Jesus morreu e ressuscitou”.