O fariseu e o publicano. Mas quem são esses homens? Um é fariseu, pessoa voltada ao cumprimento da Lei, a fazer um enorme esforço para sempre estar de acordo com o que Deus pedia. O outro, um publicano, alguém pertencente a um grupo de má fama, sem moral onde mora.
O primeiro era uma pessoa honesta e íntegra. Fazia até mais do que era preciso. Contudo, isso lhe provocava certo orgulho, certa vaidade e, ao mesmo tempo, um desprezo pelas pessoas comuns e que vivem errantes pelo mundo. O segundo, o publicano, era um esperto cobrador de impostos, oprimia os pobres e, para se redimir, deveria pagar uma soma exagerada, praticamente impossível. No entanto, Jesus disse que a oração do publicano foi ouvida e a do fariseu, não. Com esta parábola, o Mestre Jesus não deseja dar lição de moral, de mostrar quem está certo ou errado, mas quer instruir a todos sobre o relacionamento com Deus.
A grande falha do fariseu foi atribuir sua vida honesta e seus atos corretos a si mesmo, como mérito seu, e apresentá-los como dignos de justificação. Deus não deveria fazer nada mais do que elogiar os atos do fariseu e lhe dar o prêmio merecido com sua atitude de homem do bem. Era esse o pensamento do fariseu. Ele não pede a Deus uma justificação, uma redenção, mas um reconhecimento. Ele se esqueceu que foi Deus quem o conduziu pelo bom caminho e lhe proporcionou fazer o bem e viver com dignidade.
Quanto ao publicano, ele se apresenta de modo humilde, sabendo de suas imperfeições e confiando na misericórdia e na graça de Deus. Ele não se desculpa, mas sabe que Deus tem um coração enorme, que é Pai, que é Amor. Jesus deseja que nós purifiquemos nossa visão de Deus. Ele não é um contador bancário e nem um entregador de prêmios. Jesus não quer que o ser humano seja soberbo nem tenha posicionamentos egocêntrico. Jesus é contra o grupo dos bons verso o grupo dos maus. Ele morreu por todos e não lhe agrada que a pessoa seja especial e que despreze o seu semelhante, por motivos quaisquer. Ele escolheu morrer entre dois ladrões por falar na morte de Jesus, ele escolheu morrer entre dois ladrões, um deles mereceu a consideração do Mestre Maior, que perdoou as suas falhas humanas. O outro, um tanto arrogante, não teve a mesma sorte, pela falta de reconhecimento do imenso amor de Deus.