Pedro e seus companheiros tinham partido, e Jesus havia ficado sozinho na costa. Naquele dia, eles tinham visto Jesus alimentar milhares de pessoas famintas com apenas alguns pães e peixes. A reação do povo foi tentar fazer de Jesus rei, mas Ele não queria ter nada a ver com a política. Também estava determinado a ajudar seus Seguidores a não desenvolver esse tipo de ambição. Esquivando-se da multidão, Jesus convenceu Seus discípulos a entrar no barco e ir para o outro lado do lago, enquanto Ele subiu a montanha sozinho para orar. A Lua, quase cheia, estava bem acima no céu quando os discípulos partiram; agora mergulhando em direção ao horizonte. Mas eles só tinham conseguido navegar alguns quilômetros. Por causa do cansaço e do barulho constante do vento e das ondas, era difícil conversar. É provável que Pedro estivesse pensativo.
Em dois anos, Pedro havia aprendido bastante com Jesus, mas ele ainda tinha muito a aprender. Pedro tinha conhecido Jesus de Nazaré mais de dois anos antes. Ele havia aprendido bastante, mas ainda tinha muito a aprender. Sua vontade de lutar contra obstáculos como a dúvida e o medo fazem dele um exemplo notável para imitarmos. Pedro jamais esqueceria o dia em que conheceu Jesus. Seu irmão, André, lhe trouxe a notícia surpreendente: “Achamos o Messias!” Com essas palavras, a vida de Pedro começou a mudar.
Pedro morava em Cafarnaum, uma cidade ao norte de um lago de água doce chamado mar da Galileia. Ele e André eram sócios de Tiago e João, filhos de Zebedeu, no ramo da pesca. Pedro morava com sua esposa, sua sogra e seu irmão, André. Sustentar uma família assim com a pesca com certeza exigia trabalho árduo, energia e criatividade.
André viu João apontar para Jesus de Nazaré e dizer: “Eis o Cordeiro de Deus!” André logo se tornou Seguidor de Jesus e prontamente levou esta notícia emocionante a Pedro: o Messias tinha chegado! André tinha conhecido esse Redentor, o próprio Messias, e Pedro também se apressou para conhecer Jesus. Jesus olhou para ele e disse: “‘Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas’ (que, traduzido, é Pedro.” Essas palavras de Jesus com certeza eram proféticas. Ele previu que Pedro seria como uma rocha — uma influência estável, firme e confiável entre os Seguidores do Mestre.
É verdade que Pedro tinha suas falhas, e Jesus as conhecia. Mas, assim como seu Pai, Ele sempre procura o que é bom nas pessoas. Jesus via muito potencial em Pedro e o ajudou a progredir com base em suas boas qualidades.
É provável que Pedro tenha acompanhado Jesus por um tempo na viagem de pregação que se seguiu. Por isso, talvez tenha visto Jesus realizar Seu primeiro milagre: transformar água em vinho numa festa de casamento em Caná. Apesar disso, mesmo não querendo, deixou Jesus e voltou para sua atividade de pesca. Alguns meses depois, porém, Pedro se encontrou de novo com Jesus, e dessa vez Jesus o convidou para ser Seu Seguidor por tempo integral, como modo de vida.
Pedro nunca se cansava de ouvir Jesus falar sobre o tema principal de Sua pregação — o Reino de Deus. Uma multidão começou a cercar Jesus, atenta a cada palavra dele. Com falta de espaço, Jesus entrou no barco de Pedro e pediu-lhe que se afastassem um pouco da margem. A multidão podia ouvir claramente a voz de Jesus ressoando sobre a água, e Ele começou a ensinar.
Quando Jesus terminou de falar, disse a Pedro: “Rema para onde é fundo, e abaixai as vossas redes para uma pesca.” Pedro estava cheio de dúvidas. Ele disse: “Senhor, labutamos toda a noite e não apanhamos nada, mas, ao teu pedido, abaixarei as redes.” Pedro tinha acabado de lavar as redes. Com certeza, a última coisa que ele queria fazer era baixá-las outra vez Pedro sentiu um peso inesperado quando começou a recolher as redes. Sem acreditar no que estava acontecendo, puxou as redes com mais força e logo viu uma grande quantidade de peixes se debatendo.