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16/01/2025
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    Refeição com um fariseu: uma prática censurada pelos  judeus radicais

    Estando na Judeia, Jesus aceita o convite para tomar uma refeição com um fariseu, provavelmente durante o dia. Antes de comer, os fariseus seguem o ritual de lavar as mãos até os cotovelos. Lavar as mãos desse modo não é uma violação da Lei de Deus, mas não é algo que Deus exige. Esse fariseu se decepciona porque Jesus não segue essa tradição. Jesus percebe isso e diz: “Ora, vocês, fariseus, limpam por fora o copo e o prato, mas por dentro estão cheios de ganância e de maldade.

    Mas lavar as mãos antes de comer não é o problema, e sim a hipocrisia religiosa. Os fariseus e outros que seguem o ritual de lavar as mãos não purificam seu coração da maldade. Por isso, Jesus os aconselha: “Deem aos pobres do que está no íntimo, e então tudo a respeito de vocês será limpo.Assim, a ação de dar deve ser motivada por um coração amoroso, não pelo desejo de impressionar outros por fingir ser justo.

    Jesus não quer dizer que esses homens não praticam o dar. Ele diz: “Vocês dão o décimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas desconsideram a justiça e o amor a Deus. Essas coisas vocês tinham a obrigação de fazer, mas sem desconsiderar as outras.”

    Jesus continua: “Ai de vocês, fariseus, porque amam os primeiros assentos nas sinagogas e os cumprimentos nas praças públicas. Ai de vocês, porque são como aquelas sepulturas que não são facilmente vistas, e os homens andam sobre elas sem saber” As pessoas podem tropeçar nessas sepulturas e ficar cerimonialmente impuras. Jesus usa isso para deixar claro que a impureza dos fariseus não é evidente.

    Um homem perito na Lei de Deus reclama: “Mestre, dizendo essas coisas, o senhor também insulta a nós.” Mas eles precisam entender que não estão ajudando as pessoas. Jesus diz: “Ai de vocês também, peritos na Lei, porque põem sobre os homens cargas difíceis de levar, mas vocês mesmos não tocam nas cargas nem com um só dedo. Ai de vocês, porque constroem os túmulos dos profetas, mas os seus antepassados os mataram.”

    As cargas sobre as quais Jesus está falando se referem às tradições orais e à interpretação da Lei pelos fariseus. Esses homens não facilitam a vida das pessoas. Insistem que todos sigam suas tradições, que se tornam cargas pesadas para o povo. Seus ancestrais mataram os profetas de Deus, desde Abel. Agora constroem sepulturas para os profetas, fazendo parecer que os honram, quando na verdade, imitam a atitude e as ações de seus antepassados. Querem até mesmo matar o principal Profeta de Deus. Jesus diz que Deus vai ajustar contas com essa geração. E isso acontece uns 38 anos depois, em 70 d.C..

    Esses homens, que deviam ensinar o significado da Palavra de Deus, tiram a oportunidade de as pessoas a conhecerem e entenderem. Os fariseus e os escribas ficam furiosos. Enquanto Jesus está saindo, se opõem a Ele e O enchem de perguntas. Mas não fazem isso porque querem aprender; eles querem induzir Jesus a dizer algo que lhes dê motivo para prendê-lo.

    Seitas Predominantes nos Tempos de Jesus

    Segundo Flávio Josefo, historiador do primeiro século,  eram três as seitas ou partidos em que estava dividido o judaísmo nos últimos dois séculos anteriores à era cristã: os fariseus, os saduceus e os essênios. A única entre as mais antigas manifestações de diferenciação que teve quase o caráter de uma seita foi a dos Nezirim. Eles, todavia, distinguiam-se mais pelo aspecto exterior de tipo ascético que pela própria crença. Suas características eram essencialmente negativas: abster-se de toda bebida alcoólica, não cortar o cabelo, fugir das impurezas rituais, sobretudo de todo o contato com um cadáver. O nazireado podia ser de dois tipos: um praticado raramente “ad vitam” e outro a tempo determinado de livre escolha. Sansão e Samuel são os dois representantes típicos destas classes. Parece que o costume do nazireado continuou até a primeira geração cristã. O nazir era considerado como pessoa sagrada e entre os mais graves delitos estava o de obrigá-lo a transgredir seu voto.

     

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