Filho de Quenaaná”; falso profeta que assegurou ao rei Acabe que ele seria bem-sucedido no seu empenho de arrancar Ramote-Gileade dos sírios. Zedequias fez para si chifres de ferro para ilustrar que Acabe empurraria os sírios até o extermínio. Quando o verdadeiro profeta, Micaías, predisse calamidade para Acabe, Zedequias deu uma bofetada em Micaías. Príncipe no tempo do rei Jeoiaquim, e filho de Maaséias, profeta adúltero, mentiroso, entre os exilados em Babilônia. Jeremias predisse que o rei Nabucodonosor assaria Zedequias e seu associado Acabe no fogo. Ele foi o último dos reis de Judá a reinar em Jerusalém. Quando foi constituído em rei vassalo, o rei babilônio Nabucodonosor mudou-lhe o nome de Matanias para Zedequias. Durante os onze anos de seu reinado, Zedequias fazia o que era mau aos olhos de Deus.
Quando o rei Josias, foi mortalmente ferido na tentativa de rechaçar em Megido as forças egípcias sob o Faraó Neco, Zedequias tinha cerca de nove anos de idade, ou era uns três anos mais velho do que seu sobrinho. O governo de Jeoacaz durou apenas três meses, porque o Faraó Neco o removeu como rei, substituindo-o por Eliaquim, a quem se deu o novo nome de Jeoiaquim, meio-irmão, de 25 anos, de Jeoacaz e Zedequias. Após a morte de seu pai Jeoiaquim, passou a reinar Joaquim. Nabucodonosor colocou Zedequias no trono em Jerusalém e o fez jurar em nome de Deus. Este juramento obrigava Zedequias a ser leal como rei vassalo. Logo cedo, no reinado de Zedequias, chegaram mensageiros de Edom, Moabe, Amom, Tiro e Sídon, talvez com a intenção de conseguir que Zedequias se juntasse a eles numa coalizão contra o rei Nabucodonosor. É possível que sua missão tenha fracassado, visto que Jeremias instou com Zedequias e seus súditos a permanecer em submissão ao rei de Babilônia, e também apresentou cangas aos mensageiros, para simbolizar que as nações das quais eles procediam também deviam sujeitar-se a Nabucodonosor.
Zedequias enviou Elasá e Gemarias a Babilônia, cujo incidente deve ter sido apresentado em ordem cronológica, acontecendo no quarto ano do reinado de Zedequias. O próprio Zedequias foi a Babilônia no quarto ano do seu reinado para apresentar o tributo, e assim, assegurar a Nabucodonosor sua contínua lealdade como rei vassalo. Naquela ocasião, Zedequias foi acompanhado pelo seu intendente Seraías, a quem o profeta Jeremias havia confiado um rolo que apresentava o julgamento de Jeová contra Babilônia. Cerca de um ano depois, Ezequiel começou a servir qual profeta entre os judeus exilados em Babilônia, no sexto mês do sexto ano de Zedequias como rei. Ezequiel teve uma visão que revelou as práticas idólatras, inclusive a adoração do deus Tamuz e do sol, realizadas em Jerusalém.
Rebelião contra Nabucodonosor – Aproximadamente três anos mais tarde, 609 a.C., contrário à palavra de Deus, por meio de Jeremias e o juramento que o próprio rei fizera em nome de Deus, Zedequias rebelou-se contra Nabucodonosor e pediu ao Egito ajuda militar. Issofez com que os exércitos babilônicos viessem contra Jerusalém. O sítio da cidade começou no nono ano, no décimo mês, no décimo dia do mês.
Pode ter sido no começo deste sítio que Zedequias mandou “Pasur, filho de Malquijá, Malquias, e Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, a Jeremias, para indagar de Jeová se Nabucodonosor se retiraria de Jerusalém. A palavra de Deus dada por meio de Jeremias foi que a cidade e seus habitantes sofreriam calamidade às mãos dos babilônios. Jeremias, seguindo a orientação divina, foi pessoalmente a Zedequias para avisá-lo de que Jerusalém seria destruída e que o rei seria levado à Babilônia, para morrer ali em paz.
Na sitiada Jerusalém, Zedequias e seus príncipes acharam aconselhável fazer algo para acatar a lei de Deus e obter o Seu favor. Embora não fosse ano do jubileu, concluíram um pacto para libertar os seus escravos hebreus da servidão. Mais tarde, violaram este pacto por escravizar aqueles que haviam libertado. Isto teria ocorrido na ocasião em que uma força militar do Egito veio em defesa de Jerusalém, fazendo com que os babilônios levantassem temporariamente o sítio para enfrentar a ameaça egípcia. Evidentemente, acreditando que os babilônios seriam derrotados e ficariam incapazes de recomeçar o sítio, aqueles que haviam libertado os escravos hebreus, achavam que havia passado o perigo e, portanto, puseram os escravos hebreus novamente em servidão.
Mais tarde, quando Jeremias decidiu sair de Jerusalém, ele foi detido no Portão de Benjamim e foi acusado de se bandear para os caldeus. Embora Jeremias negasse a acusação, Irijá, o oficial que tinha a supervisão, não lhe deu atenção, mas levou o profeta aos príncipes. Depois de ter passado bastante tempo e Jerusalém ter sido novamente sitiada pelos babilônios, Zedequias mandou chamar Jeremias. Em resposta à indagação do rei, Jeremias disse a Zedequias que este seria entregue às mãos do rei de Babilônia. Quando Jeremias rogou para que não fosse devolvido à casa de Jeonatã, Zedequias concedeu-lhe o pedido e mandou pô-lo em custódia no Pátio da Guarda. O que indica que Zedequias era um governante fracalhão, quando os príncipes pediram que Jeremias fosse morto, por enfraquecer o moral do povo sitiado. Zedequias disse: “Eis que está nas vossas mãos. Pois não há nada em que o próprio rei possa prevalecer contra vós.” Mais tarde, Zedequias teve novamente uma audiência particular com Jeremias. Ele assegurou ao profeta que não o mataria nem o entregaria às mãos dos que procuravam matá-lo. Mas Zedequias temia represálias dos judeus que se haviam bandeado para os caldeus, e, portanto, não aceitou o conselho inspirado de Jeremias, de se entregar aos príncipes de Babilônia. Numa demonstração adicional de medo, o rei pediu que Jeremias não revelasse o assunto da sua conversa particular aos suspeitosos príncipes.
A Queda de Jerusalém – Por fim, em 607 a.C., no décimo primeiro ano de Zedequias, no quarto mês, no nono dia do mês, abriu-se uma brecha em Jerusalém. Zedequias e os homens de guerra passaram a fugir de noite. Alcançados nas planícies desérticas de Jericó, Zedequias foi levado a Nabucodonosor em Ribla. Os filhos de Zedequias foram mortos diante dos seus olhos. Visto que Zedequias na época tinha apenas uns 32 anos, os meninos devem ter sido bem jovens. Depois de presenciar a morte dos filhos, Zedequias ficou, preso com grilhões de cobre e levado a Babilônia, onde morreu numa casa de custódia.