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Império Assírio – Domínio Absoluto na Mesopotâmia

Os assírios de origem semita habitavam a Assíria, no norte da Mesopotâmia, tendo uma longa história na região. Segundo os descobrimentos arqueológicos, a Assíria foi habitada desde o início da era paleolítica. A vida sedentária não teve origem nessa região, até cerca de 6500 a.C. Durante muito tempo, os assírios estiveram sob o jugo de reinos mais poderosos da região Sul. Sob o monarca Shamshi-Adad, os assírios tentaram começar a construir seu próprio império, mas Hamurabi da Babilônia logo acabou com tal ambição; os assírios, então, começaram uma longa rivalidade com a Babilônia. Os povos semitas que viviam ao norte da Mesopotâmia foram invadidos por um outro povo de origem asiática, os Urianos, que migraram para a área e começaram a construir ali seu próprio império. O sonho deste império, entretanto, foi absorvido pelo império Hitita, que acabou com a jovem nação Uriana. Após séculos de tentativas de independência, os assírios conseguiram formar um estado independente, pois os Hititas não anexaram a seu império cidades assírias. Nos séculos subsequentes, o equilíbrio de poder mudou do sul para o norte.
As cidades mais importantes da Assíria, todas situadas no território do atual Iraque, eram Assur, atualmente Sharqat; Nínive, da qual os únicos vestígios que indicam sua localização são dois grandes tells (colinas formadas sobre ruínas), Quyunyik e Nabi Yunas; Calach, hoje Nimrud, e Dur Sharrukin, atualmente Jursabad (Jorsabad).

O Império Assírio – Em 729 a.C., no reinado de Tiglath-Pileser III ou Teglatefalasar III (746 a.C. – 727 a.C.), os assírios conquistaram a Babilônia. Teglatefalasar III também conteve a expansão da Média no oriente e tentou sem sucesso conquistar o reino de Urartu, situado no Ararate.

Israel foi conquistada no primeiro ano do reinado de Sargão II (721 a.C. – 705 a.C.). Cerca de 27.000 israelitas foram deportados. Em 715 a.C., foi a vez da Média ser conquistada. Sargão II ainda conquistou a Síria. Seu sucessor, Senaqueribe (705 a.C. – 681 a.C.), transferiu a capital de Assur para Nínive. De acordo com os livros bíblicos de II Reis, II Crônicas e do profeta Isaías, admitido no cânon do Antigo Testamento, Senaqueribe teria buscado conquistar Judá, cercando a cidade de Jerusalém. A Bíblia Cristã relata que Senaqueribe fracassou em sua tentativa militar e, ao retornar para Nínive, foi assassinado por dois de seus filhos. Então, Senaqueribe, rei da Assíria, partiu, e foi; e voltou e ficou em Nínive. E sucedeu que, estando ele na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Serezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar. 

O filho e sucessor de Senaqueribe foi Esarhaddon, também conhecido por Assaradon (681 a.C. – 669 a.C.), que expandiu seus domínios ao Nilo, estabelecendo sobre o

Egito uma dominação inicialmente precária, tendo também reconstruído a Babilônia que fora destruída por seu pai, a qual pode ter se tornado a nova capital do Império Assírio durante algum período.

Ao longo de sua história, o poder da Assíria dependeu quase que inteiramente de sua força militar. O rei era o comandante-chefe do exército e dirigia suas campanhas. Embora em teoria fosse monarca absoluto, na realidade os nobres e cortesãos que o rodeavam, assim como os governadores que nomeava para administrar as terras conquistadas, tomavam frequentemente decisões em seu nome. As ambições e intrigas foram uma ameaça constante para a vida do governante assírio. Essa debilidade central na organização e na administração do Império Assírio foi responsável por sua desintegração e colapso.

Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam, impunham aos vencidos castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que conquistavam.

O número de mercenários cresceu sensivelmente com o tempo; os reis da Assíria também se serviam deles no interior do país. Teglath-Phalasar III e Sargão II efetuaram grandes guerras de conquista. O primeiro, vencedor das tropas coligadas dos reis de Damasco e Israel, conquistou toda a Síria, incluindo Damasco. Anexou a Babilônia e tomou o título de rei da Babilônia. Enfim, infligiu uma pesada derrota ao reino de Urartu, criado no século IX antes da nossa era, e tornado, a partir do século VIII, o principal inimigo da Assíria. O rei de Urartu, Argishti (781-760), dirigiu a luta contra a Assíria e obteve uma vitória sobre o seu soberano. A guerra em Urartu tornou-se, pois, a primeira tarefa militar dos monarcas assírios. Foi Sargão II que se encarregou de a decidir. Havendo-se primeiro garantido do lado da Síria e da Palestina, destruindo o reino de Israel e os poucos principados hetho-arameus que haviam sobrevivido na região de Karkemish. Em 714 desbaratou o exército do rei Rusãs, tomou a cidade de Musasir e apoderou-se de enormes despojos. Mas não conseguiu tomar Turushpa nem suprimir Urartu. Se bem que muito enfraquecido com a invasão de Sargão, esse reino existiu até ao século V antes da nossa era, quando os Medos lhe deram o golpe de misericórdia.

Um Rei Poderoso – Senaqueribe , rei dos Assírios, derrotou todos os inimigos que estavam em seu caminho, incluindo o Egito. Dentre tantas conquistas, ele invadiu a Palestina em 701 a.C., conquistando muitas cidades de Judá e exigiu pesados tributos de Ezequias, que entregou toda prata e ouro, despindo o Templo Sagrado em sua época. Com outro compromisso na Babilônia, Senaqueribe foi atender, mas voltou em 689 a 686 a.C. para dar continuidade ao cerco contra o povo de Deus. Ezequias orou, lembrando a Deus que ele teria sido fiel ao reinado, e Deus respondeu a sua prece, enviando uma praga que destruiu 185 mil soldados assírios. Diferente de Acaz, o pai de Ezequias, este rei que subiu ao trono no ano 716 a.C., foi o primeiro depois de Davi e Salomão, a conseguir vitórias importantes em seu reinado.

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