Davi viveu mil anos a.C., tendo o seu reinado a duração de 40 anos, entre o reino de Judá e o reino unido de Israel, entre os 1010 a 970 a.C. O arqueólogo americano Edwin Thiele estabeleceu a data de nascimento de Davi por volta de 1040 a.C., e sua morte em 970 a.C., tendo reinado sobre Judá de 1010 a 1003 a.C., e sobre o reino unificado de Israel de 1003 a 970 a.C. Salomão foi também rei de Israel, mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis, filho de Davi com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei, governando durante cerca de quarenta anos, segundo algumas cronologias bíblicas, de 966 a 926 a.C. Ele ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, conhecido como o Templo de Salomão.
Os reinados dos reis Davi e Salomão se desenvolveram entre os anos de 1010 a.C. até o ano de 926 a.C. Foi um período muito importante para o Estado de Israel, pois se afirmou como nação entre os grandes Impérios. Muitos estudiosos afirmam que isto pode acontecer porque houve um enfraquecimento do Império Egípcio e dos Babilônicos. Israel sempre foi uma região muito pobre em termo de recursos econômicos, comparada com a fertilidade do Nilo no Egito e a civilização da irrigação na Babilônia, com o rio Tigre e Eufrates. Entretanto apesar da organização do Estado de Israel, este período de progresso não se estendeu por muitos anos.
Rei Davi (1010 a. C.) – Davi foi o segundo rei de Israel. Inicialmente, conforme a narrativa bíblica foi chefe de um bando, trabalhou para o rei Saul, foi um guerreiro destacado e tornou-se herói nacional quando venceu Golias matando-o com uma pedrada. Demonstrou ser grande estrategista militar e tomou Jerusalém da posse dos Jebuseus, cortando a água que supria Jerusalém. Foi músico poeta e compositor. Os problemas começaram com o adultério com Bate-Seba, e com o profeta Natã. Governou Israel de 1010 a.C. até 970 a.C.
Rei Salomão (970 a.C.) – Salomão, era filho do rei Davi com Betsabé, obteve proteção de Sadoc e do profeta Natã. Dentre os filhos do rei Davi foi ele o escolhido para ser rei de Israel. Tornou-se grande em Israel, executou grandes obras como o Templo de Jerusalém, fortalezas, guarnições militares e cidades. Foi bom administrador econômico, dedicou-se ao comércio e possuía grande sabedoria. Alguns livros da Bíblia Cristã são considerados autor: Eclesiastes, Cântico dos cânticos, Sabedoria. Sua fortuna fez com que seu harém possuísse 1000 mulheres e começou a desagradar a Deus permitindo a pratica do culto pagão a suas mulheres, no chamado monte do escândalo em frente a Jerusalém.
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Segundo a tradição, após a morte de Saul (1030-1010), as tribos de Israel e Judá que não conheciam, como os povos à sua volta, o esquema de sucessão dinástica, entram em crise. É neste contexto que ganha destaque a figura de Davi (1010- 970), o jovem líder belemita, que no passado trabalhara sob o comando de Saul, mas que havia sido banido de Israel e fora perseguido pelo rei, ao ponto de um dado momento da vida ter que se unir aos filisteus e tornar-se seu vassalo. Davi e seu filho Salomão (970-926) teriam possibilitado a manutenção e a continuidade do regime monárquico em Israel. Davi conseguiu, segundo o relato, governar “sobre todo Israel e Judá”. Conquistou a cidade jebusita de Jerusalém, a qual transformou em sede do seu reinado, bem como para lá transferiu a “Arca da Aliança” e, assim, fez de Jerusalém uma cidade com o santuário nacional dedicado ao Deus de Israel. Davi também teria estendido o seu domínio para além das fronteiras das doze tribos de Israel, bem como conquistado um enorme território à sua volta, expulsando a ameaça filisteia. Em suma, Davi teria transformado Israel numa grande potência. Essas mudanças ocorridas em Israel teriam sido mantidas, após a morte de Davi, por seu filho Salomão. Este rei destacou-se não tanto pelas guerras, mas pela sua capacidade administrativa. Salomão teria sido o responsável pela formação de um corpo burocrático em Israel. O sábio e justo rei consolidou o reino criado por seu pai. Ele construiu um Templo majestoso para Deus, próximo ao seu palácio, fazendo do Templo a sua capela real. Com a descoberta de achados arqueológicos em Megido, Hazor e Gezer entre o início e meados do século XX da era cristã, essa visão acerca da monarquia unida de Israel ganhou impulso. A história bíblica encontrou respaldo na arqueologia. Contudo, nos tempos mais recentes, graças às novas descobertas arqueológicas, a história da monarquia unida passou por um grande questionamento, que trouxe uma reviravolta à ideia que se tinha a respeito deste período. Pesquisas buscam compreender melhor a visão tradicional acerca do Reino Unido de Israel.