Mato alto e sujeira têm favorecido a presença de escorpiões em Campo Grande. Em apenas duas casas da mesma rua, a Joaquim Avelino de Oliveira, na Vila Rosa, os moradores encontraram 19 desses animais. De acordo com o defensor público, Amarildo Cabral, a limpeza dos terrenos vem acontecendo com mais frequência, mas ainda há muitas áreas sujas. Neste ano, a Defensoria notificou 48 imóveis na Capital.
A situação da Rua Joaquim Avelino de Oliveira exemplifica a gravidade do problema. Em uma das casas da rua, foram encontrados 13 escorpiões e, em outra próxima, outros seis. “A casa [onde o problema é mais crítico] está desabitada há mais de seis anos. Existe uma piscina no fundo praticamente em ruínas e minha casa e dos vizinhos está infestada de ratos”, relatou um dos moradores que preferiu não se identificar.
“Já fizemos denúncias ao Centro de Controle de Zoonose (CCZ) e até mesmo tentamos convencer o proprietário a limpar o terreno, mas infelizmente, nada foi feito. Temos crianças de colo, grávidas e idosos que moram perto dessa propriedade, é muito perigoso”, lamenta outro morador que também não quis se identificar.
“Os escorpiões vivem em terrenos sujos, assim como cobras e caramujos. Por isso é ainda mais importante a limpeza”, informou o defensor. De acordo com Cabral, a situação, neste ano, está menos crítica. “No início do ano passado estávamos em epidemia, o que não ocorreu no mesmo período deste ano. As pessoas estão limpando e notificando terrenos sujos, mas mesmo assim é necessário conscientizar a população”, explicou.