O comitê olímpico do Egito excluiu o judoca Islam El Shehaby da delegação do país na Rio-2016, de acordo com informações da agência de notícias Reuters. El Shehaby foi mandado de volta para casa depois de ser repreendido pelo COI por seu comportamento ao final da luta contra o israelense Or Sasson, válida pelas oitavas de final da categoria acima de 100 kg.
Após ser derrotado pelo atleta de Israel, o egípcio recusou-se a apertar a mão do adversário. Ao fim do confronto, quando Sassom aproximou-se para cumprimentá-lo, El Shehaby recuou. A atitude foi vaiada pelo público presente na Arena Carioca 2.
“Apertar a mão do oponente não é uma obrigação escrita nas regras do judô. É algo que acontece entre amigos, e ele não é meu amigo”, disse El Shehaby. “Não tenho nenhum problema com judeus ou com pessoas de qualquer outra religião. Mas, por razões pessoais, você não pode exigir que eu aperte a mão de alguém desse Estado, especialmente em frente do mundo todo.”
Em nota, o COI declarou que o comportamento era contrário aos valores de amizade e jogo limpo das Olimpíadas. A instituição também pediu que o comitê egípcio garanta que, no futuro, todos os atletas do país sejam devidamente instruídos sobre os valores olímpicos antes da competição.
Depois de vencer o egípcio, Sassom avançou na competição até garantir a medalha de bronze. Ainda segundo a Reuters, essa não é a primeira vez que um atleta se recusa a cumprimentar um adversário israelense.
Em Atenas-2004, o iraniano Arash Mirasmaeli, então campeão mundial do judô, recusou-se a enfrentar Ehud Vaks, de Israel, e foi recebido com honras em seu país.