Piloto do avião que caiu ontem à tarde durante pouso no Aeroporto de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, já tinha sido condenado pelo crime de narcotráfico, Mário Ney Chaves Pires, de 55 anos, também foi alvo de investigação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Pará. Além do piloto, o passageiro Antônio Marques, de 24 anos, também morreu na hora.
A documentação da aeronave estava vencida desde o ano passado e durante a tentativa de aterrissagem, Mário Ney tentou se comunicar com a base do aeroporto de Pedro Juan, mas sem sucesso. Durante a comunicação, só foram ouvidos ruídos.
A aeronave Cessna 210, de matrícula ZP-BIK é paraguaia e depois de vistoria policial em seu interior foram encontrados celulares e sacolas de supermercado recheadas com folhas de coca, planta que produz a cocaína.
Quando preso em 1999, Mário Ney foi pego em flagrante na Fazenda Vale do Gorgulho, na cidade de Santana do Araguaia, distrito de Marabá, no Pará. Ele foi condenado a três anos de prisão. Junto com ele estavam outras três pessoas, todos pilotos. No momento da prisão, o grupo estava com 840 Kg de cocaína em aeronave Carajá, de prefixo PT-VKJ, que foi apreendida.
No ano de 2000, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Pará, o indiciou por tráfico.