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15/10/2024
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    Quem é José Rainha?

    José Rainha Júnior, 56 anos, é um ativista brasileiro, ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e atualmente militante da Frente Nacional de Lutas no Campo e Cidade (FNL).

    Foi afastado das instâncias em 2007 por divergir de algumas posturas políticas tomadas pelas instâncias nacionais influenciadas pela conjuntura atrelando, na sua opinião, o movimento ao estado e inviabilizando a construção de um projeto histórico de ocupação de propriedades privadas rurais improdutivas. Grande liderança de massas, foi para as bases da sua regional e decidiram tomar uma postura de continuidade de enfrentamento. Sofreu condenação judicial por porte ilegal de arma. Segundo relatos, Rainha continua declarando que é filiado ao movimento e ainda utiliza os símbolos deste, mesmo sem permissão. O MST, entretanto, afirma que Rainha não representa mais os ideais de luta do movimento.

    Em 2008, o jornal O Globo utilizou a imagem de Rainha, que fez campanha para um candidato a vereador da Rocinha acusado de ligações com o tráfico de drogas, de forma a associar o MST à prática nas favelas do Rio de Janeiro. A direção nacional do MST lançou uma nota de esclarecimento reafirmando que “Rainha e os integrantes de seu grupo, como Niúria Antunes, não participam de nenhuma instância da coordenação nacional, estadual ou local do nosso movimento” e que ele “não faz mais parte do MST”.

    Em 2014, Rainha participa da fundação da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), movimento social organizado, no qual milita até hoje.

    Em 2015, José Rainha Júnior foi condenado por uma Vara Federal a 31 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e extorsão; sentença que atualmente apela em liberdade. Rainha foi investigado, junto com outros acusados, na “Operação Desfalque” da Polícia Federal em 2011, onde mostrou-se que os réus utilizavam trabalhadores envolvidos ao MST para invadir terras e exigir de seus proprietários contribuições para o movimento. Grampos telefônicos comprovaram que o dinheiro era desviado aos próprios integrantes do grupo. Dentre as acusações do MPF contra Rainha e seus colaboradores estão: recebimento de R$ 70 mil de duas empresas do agronegócio para não invadir e queimar plantações de cana-de-açúcar; tentar extorquir R$ 112 mil de uma concessionária de rodovias para não obstruir e destruir pontos de pedágio; apropriação e cobranças indevidas de cestas básicas vindas do INCRA aos trabalhadores rurais.

    “A ganância desenfreada se mostra na realização nas diversas ameaças ou invasões de terras, sempre com o objetivo de auferir proveito próprio”, afirmou o juiz Ricardo Uberto Rodrigues em sentença de junho de 2015, na 5ª Vara Federal de Presidente Prudente, SP.

     

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