As lideranças da época queriam mudar o nome do lugar, que se chamava Tapuí-Porã. Em 1958, a vila passava a ser chamada de Mundo Novo, e segundo Gentil Zandavalli, que era irmão do colonizador, foi dado esse nome devido a uma variedade de café existente na época, de propriedade do pioneiro Aparecido Tomazim, cuja lavoura caracterizava a região, servindo de propaganda sobre a fertilidade do solo. O café Mundo Novo era produto de exportação, produzido em grande escala pelos mundonovenses baianos. Desta forma, todos se adaptavam com a nova denominação de Mundo Novo, pois estavam chegando de um velho mundo, de terras longínquas.
Toda essa área fazia parte do município de Amambai, cuja sede ficava a uma distância de 190 quilômetros e a via de acesso eram os picadões, praticamente intransitáveis. A comunicação na época era muito difícil, sendo o meio de transporte mais viável o cavalo. Bentinho contava muitas histórias sobre isso, inclusive hospedando pessoas na localidade de Jacareí, onde morava com a família. Sacarão era o nome primitivo de Iguatemi, devido a um córrego com esse nome. A cidade mais próxima era Guaíra, para onde os chefes de família se deslocavam para fazer compras. Quando queriam viajar para outras cidades, como São Paulo, utilizavam o popular Capitão Heitor, o vapor que singrava as águas do Rio Paraná até a cidade paulista de Porto Epitácio. Esse mesmo vapor que trouxe as primeiras famílias do Estado de São Paulo para habitar este solo sagrado. Até pouco tempo as ruínas do Capitão Heitor poderiam ser conhecidas na cidade de Guaíra.