Madeiras de demolição das casas de colonos são estrelas de projetos. Tudo começou com o desmonte de um paiol antigo, em Minas Gerais, que acabou virando uma casa na Bahia. O resultado foi tão encantador que a paisagista Sonia Infante se apaixonou pela ideia e correu em busca de residências semelhantes para continuar a produzir suas casas de madeira.
— Encontrei um fornecedor no sul, que me manda a madeira de casas de colonos europeus de 70, 80 anos atrás, que foram demolidas. São tábuas que vêm com a cor original, descascadas e muitas vezes projetamos assim como estão — conta ela, que já fez 17 casas com essas madeiras, que além de ecológicas, custam menos e ficam prontas em um prazo menor.
Sonia fez a pousada Casa dos Arandis, em Maraú, na Bahia, e cinco casas em Secretário, inclusive a das fotos, com 400m², que pertence a um empresário carioca. E, surpresa, ficou pronta em apenas seis meses. Sonia achou a vista do terreno tão incrível — de 360° — que entendeu ser desnecessário o paisagismo, optando apenas pela grama na entrada.
Dependendo do terreno e do desejo dos proprietários, Sonia usa também pedra e alvenaria. Mas como não mexe em solo, os aclives e declives são incorporados ao projeto que já vem com instalação elétrica, hidráulica e rede de esgoto. Sonia não tem problemas em entregar o custo: a casa básica sai por R$ 3 mil o metro quadrado.
— O teto da casa é em talhiça, feito da palmeira piaçava, que os funcionários trançam no local. Raspamos as tábuas e, como a casa é em tons escuros, a decoração tinha que ser bem colorida e alegre.