A inflação acumulada nos últimos 12 meses em Campo Grande atingiu o patamar de 11,07%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor da Capital (IPC/CG), medido pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (NEPES). O fechamento do período ficou bem acima do que o Conselho Monetário Nacional (CMN) havia estabelecido como teto da meta, de 6,5%.
Em janeiro, o índice fechou em 1,47%, bem acima dos 0,84% de dezembro do ano passado. Na avaliação do coordenador do NEPES da Uniderp, Celso Correia de Souza, o grupo Educação foi o que mais pesou para o atual resultado.
“Houve também elevação da taxa de água e esgoto do grupo Habitação, que tem um peso relevante na composição da inflação. O grupo Alimentação continua influenciando muito a inflação da cidade devido aos fatores climáticos adversos que provoca o aumento de diversos produtos”, explicou Souza.
De acordo com os números divulgados, os maiores percentuais foram: Educação, com índice de 9,91%; Alimentação com 1,34%; Habitação com 1,29%; e Saúde com 0,96%.
No grupo Alimentação, sazonalidade e fatores climáticos influenciaram o aumento. “Alguns desses produtos aumentam de preços ao término das safras, outros diminuem de preços quando entram nas safras. Quando o clima é desfavorável há aumentos de preços, e quando é favorável ocorre o feito inverso”, disse Celso Correia de Souza.
O IPC/CG é um indicador produzido pelo NEPES que analisa a evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo.
“O índice busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos”, explicou nota do NEPES.
O QUE PESOU MAIS NO BOLSO
– ensino superior, aumento de 11,68% e contribuição de 0,40%;
– taxa de água/esgoto, com elevação de 10,30% e colaboração de 0,38%;
– ensino fundamental, com alta de 13,27% e contribuição de 0,20%;
– cigarros, com alta de 12,76% e colaboração de 0,09%;
– etanol, com aumento de 3,13% e contribuição de 0,06%;
– educação infantil, com elevação de 8,13% e participação de 0,05%;
– açúcar, com aumento de 8,76% e colaboração de 0,04%;
– batata, com alta de 11,67% e participação de 0,04%;
– cursos de idiomas, com elevação de 10,85% e contribuição de 0,04%;
– aluguel de apartamento, 0,61% e colaboração de 0,03%.
CORTES DE CARNE MAIS CAROS
– ponta de peito (3,36%);
– picanha (2,54%);
– fígado (2,31%);
– alcatra (1,98%);
– filé mignon (1,46%);
– acém (1,08%);
– músculo (0,66%);
– vísceras de boi (0,41%);
– coxão mole (0,13%).