“Não tem solução em curto prazo” e “é questão de tempo”, foram as duas frases usadas pelo infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio, para comentar o avanço no número de casos de chikungunya e zika, aqui no Estado. Ele afirma que a situação é séria e mais preocupante porque as autoridades em saúde ainda estão aprendendo a lidar com essas duas doenças. Ele está na Bahia, estado que enfrenta epidemia das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Até pouco tempo atrás, em Mato Grosso do Sul, o Aedes aegypti era conhecido apenas como “mosquito da dengue”; mas, agora, também o é da chikungunya e do zika. Ambos vírus graves, que provocam sequelas temporárias, no caso do primeiro, e até para o resto da vida, no caso do zika.
Somente em Mato Grosso do Sul, são 119 casos notificados de chikungunya e oito confirmados, desde janeiro. Quanto ao zika, não há nenhum caso confirmado, mas há 113 sendo investigados. Em Campo Grande, são 34 notificações.