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“Presente” de R$ 1 bilhão para JBS vai trocar imposto por emprego, diz Azambuja

Processo administrativo já foi instaurado e a multa pode chegar a R$ 7 milhões

Um dia depois de divulgar que o Governo do Estado dará R$ 1 bilhão em incentivos para o grupo JBS instalar mais quatro frigoríficos em Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que o “presente” se justifica porque vai haver “troca de imposto por emprego”.

A ação de Azambuja em conceder o incentivo milionário é questionada em razão do momento de crise econômica e do “tributaço” imposto pelo Governo ao contribuinte.

Questionado sobre o incentivo, o governador justificou afirmando que está estimulando a criação de algo que o Estado ainda não possui.

“Lógica de trocar imposto por emprego é que vamos abrir 9 mil vagas de trabalho para pessoas que não teriam condição. Vai ativar um setor da economia, como o de peru, se transformando em planta mais moderna. É uma lógica porque está incentivando algo que não existe hoje. Isso fortalece a economia e indiretamente o Mato Grosso do Sul ganha muito”, declarou o governador.

INCENTIVO

Os incentivos concedidos para o grupo JBS ampliar a produção em Mato Grosso do Sul deve custar quase R$ 1 bilhão aos cofres do Estado ao longo de 12 anos.

Ontem, em Dourados, durante coletiva à imprensa, o governador Reinaldo Azambuja estimou que a arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS), originada dos novos empreendimentos do grupo em quatro municípios sul-mato-grossenses, totaliza R$ 17 milhões por ano.

Sem os benefícios fiscais, a receita tributária seria próxima de R$ 100 milhões. São cerca de R$ 83 milhões de renúncia fiscal anualmente, somando até 2028, quando se encerram os incentivos, R$ 996 milhões.

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