Reforma agrária em MS transformou-se em negócio

Frequentar barracos em acampamentos erguidos à beira da estrada custa de R$ 30 a R$ 100 mensais

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No acampamento Flores, a 5 quilômetros de Rochedinho, comandado pela União Geral dos Trabalhadores, foram erguidos 184 barracos; famílias aparecem por lá só nos fins de semana

Filiar-se a uma entidade ligada aos interesses dos trabalhadores sem-terra em Mato Grosso do Sul custa uma mensalidade que varia de R$ 30,00 a R$ 100,00. Isto é, o programa de reforma agrária virou um negócio rentável no Estado. Com a parcela em dia, o interessado num lote da reforma agrária garante estadia em barraco construído com lonas, madeiras e até sacos plásticos, em acostamentos de rodovias nos chamados acampamentos, espalhados, hoje, em 47 das 79 cidades, segundo dados da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra. A medida fez crescer o número de acampamentos, estruturados como se fossem favelas à beira da estrada.

A prática da cobrança, contudo, é condenada pelas duas mais antigas siglas ligadas aos sem-terra em atividade por aqui, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, o MST, e a Federação dos Trabalhadores Rurais de MS, a Fetagri.

Além dessas duas entidades, outras 23 recrutam interessados em lotes da reforma agrária.

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